Júri popular é anulado após condenação por morte de cadeirante em Bauru
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a anulação do júri popular que havia condenado um homem a mais de 16 anos de prisão pelo crime de jogar um cadeirante de um viaduto no centro de Bauru. A decisão judicial que anulou o julgamento foi divulgada no dia 18 de fevereiro de 2025, mas só veio a público nesta quarta-feira (12).
Detalhes do crime ocorrido em 2020
O caso violento aconteceu em outubro de 2020 no Viaduto da 13 de Maio, em Bauru, interior de São Paulo. Jorge Luis Faria de Moraes empurrou Luiz Antônio Barreto, de 42 anos, conhecido como "Seninha", de uma altura de aproximadamente dez metros após uma tentativa de assalto.
A vítima, que vivia em situação de rua, foi arrastada por cerca de dez quarteirões até chegar ao local do crime. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Luiz Antônio morreu no local antes que pudesse receber atendimento médico adequado.
Recurso da defesa e anulação do júri
A defesa de Jorge Luis Faria apresentou recurso argumentando que o condenado foi julgado utilizando algemas, o que poderia ter influenciado negativamente a percepção dos jurados sobre o acusado. O Tribunal de Justiça acatou o argumento e determinou a realização de um novo júri.
Conforme informações do Tribunal de Justiça de SP, a nova data para o julgamento ainda não foi definida. O caso retornará à etapa do tribunal do júri, onde sete cidadãos volantes decidirão novamente sobre a culpabilidade ou inocência do acusado.
A condenação original previa 16 anos e quatro meses de prisão em regime fechado para Jorge Luis Faria de Moraes pelo homicídio do cadeirante Luiz Antônio Barreto. Agora, todo o processo judicial deverá ser refeito perante um novo conselho de sentença.