Prisão em Guaíba: Agente Penitenciária e Psicóloga Acusadas de Facilitar Entrada de Drogas no Presídio
Agente e psicóloga suspeitas de tráfico em presídio

Um caso que choca o sistema prisional do Rio Grande do Sul está sob investigação: uma agente penitenciária e uma psicóloga são acusadas de facilitar a entrada e comercialização de drogas dentro do Presídio Estadual de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

Esquema Desmontado pela Polícia

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Guaíba, revelaram um sofisticado esquema de corrupção dentro da unidade prisional. As duas servidoras públicas estariam atuando como ponte entre o crime organizado e os detentos, burlando os sistemas de segurança do presídio.

Como Funcionava o Esquema

De acordo com as apurações iniciais, as suspeitas utilizavam sua posição privilegiada dentro do sistema para:

  • Facilitar a entrada de entorpecentes através de visitas monitoradas
  • Distribuir as drogas entre os presos durante seus turnos de trabalho
  • Cobrar valores elevados pelos ilícitos dentro da penitenciária
  • Utilizar métodos discretos para evitar a detecção pela segurança

Identificação das Envolvidas

As investigações apontam para a participação direta de Michele da Silva Rodrigues, de 31 anos, que atuava como agente penitenciária, e Maiara Machado Pedroso, de 30 anos, psicóloga do sistema prisional. Ambas foram afastadas de suas funções e responderão judicialmente pelos crimes imputados.

Repercussões Imediatas

O caso já gerou forte repercussão junto à Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), que determinou:

  1. Abertura de processo administrativo disciplinar contra as servidoras
  2. Reforço imediato nos protocolos de segurança da unidade
  3. Investigação interna para identificar possíveis outros envolvidos
  4. Revisão dos procedimentos de controle de acesso

Problema Estrutural no Sistema

Especialistas em segurança pública alertam que casos como este evidenciam falhas estruturais no sistema prisional gaúcho. A infiltração de servidores públicos em esquemas criminosos dentro dos presídios representa um desafio constante para as autoridades.

"Quando aqueles que deveriam garantir a segurança e a ordem dentro do sistema prisional se tornam parte do problema, temos uma grave violação da confiança pública", analisa um especialista em segurança carcerária.

Próximos Passos da Investigação

As investigações continuam em andamento, com a polícia buscando identificar:

  • Possíveis outros envolvidos no esquema
  • As rotas de fornecimento das drogas
  • Os valores movimentados pelo tráfico interno
  • Possíveis conexões com facções criminosas

O caso serve como um alerta para a necessidade de maior controle e fiscalização sobre os servidores que atuam no sistema prisional, garantindo que a segurança não seja comprometida por ações individuais de corrupção.