Um advogado de Barretos, interior de São Paulo, foi preso nesta terça-feira (29) suspeito de comandar um esquema sofisticado de estelionato em leilões judiciais de imóveis. A operação da Polícia Civil desvendou golpes que podem ter causado prejuízos milionários a investidores.
Esquema envolvia "laranjas" e documentos falsos
De acordo com as investigações, o advogado utilizava pessoas interpostas, conhecidas como "laranjas", para participar dos leilões e arrematar propriedades. O modus operandi incluía:
- Uso de terceiros para simular legalidade nas arrematações
- Apresentação de documentação falsa ou adulterada
- Promessas de negócios vantajosos que nunca se concretizavam
- Desvio de recursos de vítimas que buscavam investir em imóveis
Operação prende suspeito e apreende provas
O mandado de prisão temporária foi cumprido na manhã desta terça-feira na cidade de Barretos. Durante a ação policial, foram apreendidos:
- Documentos relacionados aos leilões judiciais
- Aparelhos eletrônicos que podem conter provas dos crimes
- Registros financeiros e contábeis
- Comprovantes de transações suspeitas
As investigações começaram após várias vítimas procurarem a polícia relatando prejuízos em negócios imobiliários. Todas as queixas apontavam para o mesmo padrão de golpe aplicado pelo advogado.
Vítimas caíam em promessas de bons negócios
O esquema atraía investidores com a promessa de oportunidades únicas no mercado imobiliário através de leilões judiciais. As vítimas acreditavam estar fazendo bons negócios, mas na realidade estavam sendo enganadas por um profissional que deveria zelar pela legalidade dos processos.
O caso chama atenção pela atuação de um profissional do Direito em um crime que afeta diretamente a credibilidade do sistema judicial. Leilões judiciais são instrumentos legais importantes para recuperação de créditos e realização de negócios seguros.
Investigações continuam para identificar mais vítimas
A polícia suspeita que o número de vítimas possa ser maior do que o inicialmente identificado. Os investigadores analisam a possibilidade de existirem outros casos similares que ainda não foram denunciados.
O advogado preso responderá pelos crimes de estelionato e falsificação de documentos. A pena para esses crimes pode chegar a 8 anos de reclusão, além de multas.
As autoridades alertam investidores para que verifiquem cuidadosamente a idoneidade dos profissionais envolvidos em negócios imobiliários, especialmente em leilões judiciais.