Em uma cena que comoveu a plateia na Assembleia Geral da ONU, o embaixador da Palestina, Riyad Mansour, não conteve as lágrimas ao descrever o sofrimento das crianças em Gaza. "É insuportável testemunhar essa carnificina", declarou, batendo na mesa com força durante seu discurso nesta terça-feira (28).
O diplomata exibiu fotos de menores palestinos mortos nos recentes bombardeios e questionou a comunidade internacional: "Quantas crianças precisam morrer antes que o mundo acorde?". Segundo dados apresentados, mais de 3.500 crianças perderam a vida no conflito desde outubro de 2023.
Repercussão internacional
O discurso inflamado ocorreu durante debate sobre a situação no Oriente Médio. Representantes de diversos países manifestaram solidariedade, enquanto Israel defendeu seu direito à autodefesa contra o Hamas.
Mansour destacou que 45% das vítimas em Gaza são menores de 18 anos, classificando a situação como "limpeza étnica disfarçada de guerra". A fala gerou protestos da delegação israelense, que abandonou temporariamente o plenário.
Apelo por ação concreta
O embaixador palestino exigiu:
- Imediato cessar-fogo permanente
- Acesso irrestrito de ajuda humanitária
- Investigação independente sobre crimes de guerra
- Sanções econômicas a Israel
Enquanto isso, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, alertou sobre o risco de "colapso humanitário total" na Faixa de Gaza, onde 90% da população enfrenta fome aguda.
