
A noite de quarta-feira não trouxe paz para o bairro José e Maria, em Petrolina. Pelo contrário — o que começou como mais uma noite comum terminou em tragédia. Por volta das 22h30, a rotina do tranquilo bairro foi interrompida por um barulho que ninguém quer ouvir: tiros. Muitos tiros.
Quando a poeira baixou, um homem — ainda não identificado — jazia no chão. A cena era digna de filme policial, mas infelizmente era a mais crua realidade. Testemunhas, ainda sob choque, contaram à polícia que ouviram não apenas disparos, mas gritos. E depois, o silêncio. Aquele silêncio pesado que só a violência sabe trazer.
Operação em Andamento
A Polícia Militar chegou rápido, mas o(s) autor(es) do crime já haviam evaporado na escuridão. "É como se fossem fantasmas", comentou um morador que preferiu não se identificar — o medo falando mais alto, como sempre acontece nesses casos.
Os peritos do Instituto de Criminalística trabalharam no local até altas horas. Encontraram não uma, não duas, mas várias cápsulas de pistola calibre 380 espalhadas pelo chão. A violência do ataque sugere — e aqui eu arrisco uma opinião — que não foi um crime passiona. Parece coisa de execução mesmo.
O Que Sabemos Até Agora
- Local exato: Rua do Açude, no coração do José e Maria
- Horário: Por volta das 22h30 de quarta-feira (1º)
- Arma: Pistola calibre 380 — uma verdadeira máquina de morte
- Vítima: Homem ainda não identificado
- Estado: Múltiplos ferimentos por disparos
O corpo já foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal. Lá, os legistas vão tentar descobrir mais detalhes sobre essa vida interrompida tão brutalmente.
O Clima na Comunidade
O que mais me impressiona — e aqui falo como alguém que acompanha esses casos há anos — é como a violência vai, aos poucos, mudando o tecido social. Os moradores do José e Maria estão com medo. E quem pode culpá-los?
"A gente já não sabe mais o que fazer", desabafou uma senhora que mora há 20 anos no bairro. "Antes era tranquilo, agora a cada semana tem um susto novo."
Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu as investigações. Eles estão colhendo imagens de câmeras de segurança da região — porque hoje em dia, até a violência é filmada. Resta saber se as pistas vão levar a algum lugar.
Petrolina, essa cidade que tantos amam, mostra mais uma vez sua face mais cruel. E a pergunta que fica é: até quando?