A noite de terça-feira (1º de outubro) escureceu mais cedo na Rua São Salvador, em Duque de Caxias. Por volta das 20h30, o que deveria ser apenas mais uma noite qualquer na Baixada Fluminense transformou-se em cenário de horror. Rodrigo da Silva, 34 anos, caía no chão atingido por múltiplos disparos de arma de fogo.
Testemunhas — aquelas que ainda se arriscam a falar — contam que tudo aconteceu rápido demais. Dois homens numa moto, o barulho seco dos tiros ecoando entre as casas simples, e depois... só o silêncio pesado, quebrado pelos gritos de quem viu a cena se desenhar.
O socorro que não chegou a tempo
O Corpo de Bombeiros foi acionado, é claro. Chegaram rápido, até que sim. Mas contra a fúria do chumbo, pouco podem fazer os homens de verde. Rodrigo ainda foi levado às pressas para o Hospital Municipal Moacyr do Carmo, mas — e aqui a gente até hesita em escrever — já chegou sem vida.
Parece que a morte não quis esperar pela chegada ao hospital. Estava decidida, sabe como é?
O que sobra depois do tiroteio
Agora a Polícia Civil assume as investigações, que começam praticamente do zero. Não há suspeitos, não há motivação aparente — pelo menos não ainda. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense tenta juntar as peças desse quebra-cabeça macabro.
E enquanto isso, na Rua São Salvador, a vida tenta voltar ao normal. Mas todo mundo sabe que normalidade, depois de uma cena dessas, é conceito relativo. Os vizinhos fecham portas mais cedo, os comerciantes olham com mais cuidado para quem entra, as crianças não brincam mais na calçada.
Duque de Caxias chora mais uma vida perdida para a violência. E o Rio de Janeiro — ah, o Rio — segue seu curso, entre beleza e tragédia, como sempre fez.
