STF condena 7 réus do núcleo golpista: Justiça fecha o cerco aos financiadores do 8 de Janeiro
STF condena 7 réus do núcleo golpista por 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) deu mais um passo decisivo na apuração dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Em julgamento realizado nesta quarta-feira, a maioria dos ministros condenou sete réus integrantes do chamado Núcleo 4, grupo acusado de financiar e organizar os ataques às sedes dos Três Poderes.

As condenações e os crimes

Os sete condenados responderam por diversos crimes, incluindo:

  • Associação criminosa armada
  • Tentativa de golpe de Estado
  • Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • Danos ao patrimônio público

As penas aplicadas variaram entre 14 e 17 anos de prisão, além do pagamento de multas que ultrapassam R$ 100 milhões em valores atualizados.

O papel do Núcleo 4 na trama golpista

De acordo com as investigações, este grupo tinha uma função específica e crucial no planejamento dos ataques:

  1. Financiamento: Arrecadação de recursos para custear transporte, hospedagem e alimentação dos manifestantes
  2. Logística: Organização da infraestrutura necessária para as invasões
  3. Coordenação: Articulação entre diferentes grupos envolvidos nos atos

Votos dos ministros

O relator, ministro Alexandre de Moraes, foi seguido pela maioria do plenário. Em seu voto, ele destacou que as provas colhidas durante as investigações demonstram de forma cristalina a participação ativa de cada um dos réus na organização dos ataques.

"Não se trata de mera manifestação política, mas de ação planejada e financiada para subverter a ordem democrática", afirmou o ministro em trecho de seu voto.

Repercussão e próximos passos

A decisão do STF representa um marco importante no julgamento dos responsáveis pelos ataques de 8 de janeiro. Com esta condenação, o Supremo avança na responsabilização de todos os envolvidos na trama golpista, desde os executores diretos até os financiadores e organizadores.

Os defensores dos réus ainda podem recorrer da decisão, mas a condenação em primeira instância pelo STF fortalece o entendimento da Justiça sobre a gravidade dos crimes cometidos contra a democracia brasileira.