Pedido de registro da marca Instituto Lula gera polêmica
Um cidadão natural do interior do Rio Grande do Sul moveu, de forma discreta, um pedido junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial para registrar a marca "Instituto Lula". A informação veio à tona em 9 de novembro de 2025, conforme documentação oficial.
Detalhes do processo no INPI
O requerente, identificado como um gaúcho do interior do estado, declarou ao INPI que pretende utilizar a marca "Instituto Lula" para diversos negócios. Entre as áreas de atuação mencionadas no pedido estão a produção jornalística, cinematográfica, educativa e outros ramos comerciais.
O nome escolhido pelo empresário gaúcho é idêntico ao utilizado pelo presidente Lula para batizar seu escritório particular. Esse espaço era usado tradicionalmente para atividades políticas e empresariais, incluindo reuniões com empreiteiras que posteriormente foram investigadas por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras.
Histórico do Instituto Lula original
O Instituto Lula original, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, tem um histórico conturbado. O endereço foi alvo de múltiplas operações da Polícia Federal e foi citado em diversas delações de investigados nos casos de corrupção que abalaram o país.
A fachada do instituto, fotografada por Manoel Marques para a revista VEJA, tornou-se símbolo das investigações que envolviam o ex-presidente e seu círculo mais próximo. O local servia como base para as atividades políticas e empresariais de Lula após seu mandato presidencial.
Implicações do registro da marca
O pedido de registro da marca por um terceiro não relacionado ao presidente ou sua equipe levanta questões sobre o uso de nomes de figuras públicas para fins comerciais. Especialistas em propriedade intelectual avaliam que o processo pode enfrentar obstáculos legais considerando a notoriedade do nome.
A tentativa de registro ocorre em um momento delicado da política nacional, onde o Instituto Lula original continua sendo mencionado em investigações em andamento. O caso promete gerar debates sobre os limites do uso de marcas associadas a personalidades políticas.
O INPI ainda não se pronunciou sobre a validade do pedido, que segue em análise conforme os trâmites regimentais do órgão federal responsável pela propriedade industrial no Brasil.