O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, tomou uma medida drástica para enfrentar o crime organizado no estado. Em um pedido formal ao Supremo Tribunal Federal (STF), o mandatário fluminense solicitou a transferência de dez detentos considerados de alta periculosidade para o sistema penitenciário federal.
Quem são os presos-alvo da transferência
De acordo com informações obtidas pela VEJA, a lista inclui nomes de grande relevância no cenário criminoso nacional. Entre eles está Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como "Bimbão", identificado como um dos principais líderes da milícia na Zona Oeste do Rio.
Outro nome de destaque é o de Fábio Rogério de Oliveira e Silva, o "FB", apontado como líder máximo do Comando Vermelho (CV) no Complexo de Israel, localizado no bairro do Jacaré.
Estratégia de combate ao crime organizado
A iniciativa faz parte de uma estratégia mais ampla de segurança pública do governo estadual. A transferência desses presos para o sistema federal tem como objetivo principal:
- Desarticular a liderança de facções criminosas
- Impedir a continuidade de atividades ilícitas de dentro dos presídios
- Reduzir o poder de fogo das organizações criminosas
- Aumentar a segurança nos presídios estaduais
Contexto legal e precedentes
O pedido se baseia em decisões anteriores do próprio STF que autorizam a transferência excepcional de presos perigosos para o sistema federal. A medida é reservada para casos onde há comprovado risco à ordem e segurança pública.
Claudio Castro argumenta em seu pedido que a permanência desses detentos no sistema prisional do Rio de Janeiro representa uma ameaça constante à segurança e dificulta os esforços de desarticulação do crime organizado.
Impacto esperado na segurança pública
Especialistas em segurança apontam que a transferência de líderes faccionais para presídios federais pode ter um impacto significativo na redução da violência. O isolamento dessas lideranças dificulta a comunicação com o mundo exterior e enfraquece a estrutura de comando das organizações criminosas.
A medida representa mais um capítulo no intensificado combate ao crime organizado no estado do Rio de Janeiro, que tem buscado diferentes estratégias para enfrentar o desafio da segurança pública.