Uma operação de combate à falsificação de bebidas resultou na apreensão de mais de 45 galões com combustível e um tonel com quase 200 litros de álcool em Marialva, no norte do Paraná. A ação marcou a segunda fase da Operação Poison Source, coordenada pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil de São Paulo.
Duas prisões em flagrante durante operação
Durante as buscas realizadas em dois endereços de Marialva, os policiais encontraram diversos vasilhames de bebidas além dos combustíveis. Dois homens foram presos em flagrante no local. Um terceiro endereço em Maringá também foi alvo de mandado de busca e apreensão, mas nada foi encontrado pelos agentes.
De acordo com o delegado da Deic de São Paulo, Paul Verduraz, o objetivo da operação é identificar toda a cadeia de produção e distribuição de bebidas adulteradas com metanol no estado. "Nós entendemos que a falsificação da bebida está disseminada aqui, como a gente pode ver, pela ausência total de fiscalização", declarou o delegado.
Combustível era revendido clandestinamente
O delegado de Marialva, Aldair Oliveira, explicou que no primeiro endereço visitado pela polícia foi encontrado um ponto clandestino de abastecimento de veículos. A quantidade de combustível estava acondicionada em galões de diversos tamanhos e era vendida por preços abaixo do mercado.
"Pelo que se apurou, ali trabalhavam quatro pessoas, das quais duas não se encontravam no momento lá no local, estando apenas duas pessoas que foram conduzidas para a delegacia", afirmou Oliveira. Foram coletadas amostras dos combustíveis para verificar indícios de adulteração.
Operação atingiu vários estados brasileiros
Além do Paraná, os mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Goiás, Bahia e Pernambuco. Nesta segunda fase da operação, cinco pessoas foram presas em todo o país, enquanto outros suspeitos foram conduzidos às unidades policiais.
Na primeira fase da Poison Source, realizada anteriormente, 14 pessoas haviam sido presas. A investigação é resultado da análise de elementos obtidos a partir da prisão de Ilson de Sales do Amor Divino, apontado como um dos principais fornecedores de materiais para a produção de destilados adulterados.
Os suspeitos presos em Marialva vão responder pelo crime de distribuir derivados de petróleo em desacordo com a determinação legal, que prevê pena de até cinco anos de prisão. A polícia também investiga a suspeita de que vodka de baixo custo era misturada ao álcool e depois envazada em frascos de bebidas mais caras.
