Uma investigação da Polícia Civil sobre a suposta infiltração do Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis mantém postos de gasolina com as bombas lacradas em Praia Grande, litoral de São Paulo. As interdições são parte de uma operação que busca desvendar esquemas de lavagem de dinheiro e financiamento da facção criminosa.
De acordo com as investigações, os estabelecimentos teriam sido usados para movimentar valores ilícitos através da venda de combustíveis. As interdições ocorreram após a Polícia Civil identificar indícios de que os postos seriam "pontos de apoio" para a facção na região.
Operação em andamento
A operação policial, que segue em sigilo, já identificou pelo menos três postos de combustível com supostas ligações com a organização criminosa. As interdições foram determinadas pela Justiça como medida cautelar enquanto as investigações prosseguem.
As bombas continuam lacradas e os proprietários dos estabelecimentos são investigados por associação ao tráfico e lavagem de dinheiro. Testemunhas e funcionários dos postos já foram ouvidos pelos investigadores.
Impacto na região
A Baixada Santista tem sido alvo constante de operações contra o crime organizado nos últimos anos. A suposta infiltração do PCC em postos de combustível revela uma nova faceta da atuação da facção na região, que tradicionalmente mantinha forte presença em presídios e no tráfico de drogas.
Moradores da região relatam preocupação com a situação. "É alarmante saber que estabelecimentos que frequentamos podem estar envolvidos com o crime organizado", declarou um comerciante local que preferiu não se identificar.
Próximos passos
A Polícia Civil não descarta novas interdições enquanto as investigações avançam. Peritos contábeis analisam os livros fiscais e as movimentações financeiras dos postos investigados para comprovar a origem dos recursos.
O caso deve seguir para o Ministério Público assim que as investigações forem concluídas, podendo resultar em novas ações judiciais contra os envolvidos.