Operação da Polícia de SP desmonta fábrica clandestina de bebidas com metanol que ameaçava vidas
Polícia desmonta fábrica de bebidas com metanol em SP

A Polícia Civil de São Paulo desencadeou uma operação de grande impacto nesta quinta-feira (17) para desarticular uma organização criminosa especializada na fabricação e comercialização de bebidas adulteradas com metanol, uma substância altamente tóxica que representa grave risco à saúde pública.

Esquema perigoso desmontado

De acordo com as investigações, o grupo atuava de forma clandestina, produzindo bebidas que eram 'batizadas' com metanol - um tipo de álcool não destinado ao consumo humano que pode causar sérios danos à saúde, incluindo cegueira permanente e até mesmo a morte quando ingerido.

Operação em múltiplas frentes

A ação policial, batizada de 'Operação Bebida Fatal', cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços suspeitos localizados na região da capital paulista. Durante as diligências, os investigadores encontraram:

  • Centenas de garrafas de bebidas já prontas para distribuição
  • Equipamentos de fabricação caseira e rotulagem
  • Matérias-primas utilizadas na adulteração
  • Documentos que podem levar à identificação de outros envolvidos

Risco invisível para os consumidores

As bebidas adulteradas com metanol representam um perigo especialmente grave porque são visualmente indistinguíveis das originais. O consumidor comum não tem como identificar a contaminação pelo aspecto, odor ou sabor do produto, tornando-se vítima fácil desse crime que coloca vidas em risco.

Consequências do consumo

O metanol, quando ingerido, é metabolizado pelo organismo em substâncias extremamente tóxicas que podem causar:

  1. Náuseas, vômitos e dor abdominal
  2. Distúrbios visuais que podem evoluir para cegueira permanente
  3. Dificuldades respiratórias
  4. Danos neurológicos irreversíveis
  5. Morte em casos de consumo em quantidade significativa

Alerta para a população

As autoridades reforçam o alerta para que os consumidores adquiram bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos comerciais regularizados e evitem produtos com preços excessivamente abaixo do mercado, uma característica comum em mercadorias falsificadas ou adulteradas.

A investigação continua em andamento para identificar toda a rede de distribuição e possíveis vítimas que possam ter sido intoxicadas por esses produtos ilegais.