Fraude na Saúde: PF desmantela esquema de atestados médicos falsos em Passos-MG
PF desmantela esquema de atestados falsos em MG

Uma operação da Polícia Civil está desvendando um esquema criminoso que comercializava atestados médicos falsos em Passos, no Sul de Minas Gerais. A investigação aponta que os documentos eram vendidos a preços que variavam entre R$ 100 e R$ 300, utilizando indevidamente os nomes e registros de profissionais legítimos da Santa Casa de Misericórdia de Passos.

Como funcionava o esquema fraudulento

De acordo com as investigações, os criminosos atuavam de forma organizada, oferecendo atestados médicos para pessoas que precisavam justificar faltas ao trabalho ou outras ausências. Os documentos eram elaborados com alto grau de sofisticação, incluindo carimbos e assinuras falsificadas de médicos reais que trabalham no hospital.

"Os investigados se passavam por médicos e utilizavam CRM's de profissionais que sequer sabiam que estavam sendo usados nesse esquema", revelou um delegado envolvido no caso.

Operação policial e apreensões

Durante as buscas realizadas na última semana, os policiais apreenderam:

  • Documentos médicos falsos prontos para entrega
  • Carimbos adulterados de profissionais da saúde
  • Computadores e celulares com trocas de mensagens
  • Valores em espécie que seriam provenientes da venda dos atestados

Impactos para a sociedade e profissionais

O esquema não apenas prejudica empresas e instituições que recebem os documentos falsos, mas também compromete a reputação dos médicos cujos nomes foram usurpados. Profissionais da Santa Casa de Passos expressaram preocupação com o uso indevido de suas identidades profissionais.

"É assustador saber que alguém está usando seu nome e sua credibilidade para cometer crimes. Isso pode manchar anos de carreira dedicada à medicina", desabafou um dos médicos atingidos pela fraude.

Próximos passos da investigação

A Polícia Civil continua trabalhando para identificar todos os envolvidos no esquema, tanto os que produziam e vendiam os atestados quanto os que os adquiriam. Os investigados podem responder por:

  1. Falsificação de documento público
  2. Uso de documento falso
  3. Estelionato
  4. Formação de quadrilha

As penas podem chegar a 8 anos de prisão, dependendo da gravidade das condutas identificadas.