PCC usou cachorro perdido como isca para espionar e planejar ataques a autoridades, revela investigação
PCC usou cachorro como isca para espionar autoridades

Uma investigação da Polícia Civil de São Paulo revelou uma tática surpreendente utilizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para coletar informações sobre possíveis vítimas. Um integrante da facção usava um cachorro perdido como isca para acessar condomínios de alto padrão e obter dados sigilosos.

O estratagema canino

O método funcionava da seguinte forma: o acusado, identificado como Robson Rodrigues de Souza, aparecia em condomínios luxuosos portando um cão, alegando tê-lo encontrado perdido na rua. Sob esse pretexto, ele ganhava acesso às áreas restritas e conseguia:

  • Identificar rotinas de moradores
  • Mapear pontos cegos de segurança
  • Coletar informações sobre veículos
  • Observar sistemas de vigilância

Alvo: autoridades públicas

As informações coletadas através dessa estratégia inusitada seriam utilizadas em um plano para assassinar autoridades, incluindo promotores, delegados e outros agentes públicos. A investigação aponta que o esquema fazia parte de uma retaliação coordenada pelo PCC.

Operação de prisão

Robson foi preso em flagrante durante uma ação policial na zona leste de São Paulo. No momento da captura, os agentes encontraram com ele:

  1. Pistola 9 mm com numeração raspada
  2. Carregador extra
  3. Munições
  4. Roupas suspeitas utilizadas nos abordagens

"Ele usava roupas que não condiziam com o local, chamando a atenção dos porteiros justamente para a situação do cachorro", explicou um delegado envolvido no caso.

Investigacao aprofundada

As investigações começaram após a prisão de outro integrante do PCC, Wanderson Ferreira da Silva, conhecido como "Fumaça". Durante interrogatórios, ele revelou detalhes do plano criminoso e a função específica de Robson na coleta de informações.

O caso expõe a criatividade sinistra adotada pelo crime organizado para burlar sistemas de segurança e atingir seus alvos, usando métodos aparentemente inofensivos para mascarar intenções letais.