Uma operação de grande porte desarticulou um plano sinistro do Primeiro Comando da Capital (PCC) que tinha como alvo autoridades do sistema de justiça de São Paulo. A Operação Mira, deflagrada na manhã desta quarta-feira, revelou que a facção criminosa preparava o assassinato de um promotor de Justiça e de um diretor de presídio.
Mandados cumpridos na Grande São Paulo
A ação policial resultou no cumprimento de doze mandados de busca e apreensão em endereços localizados na região metropolitana de São Paulo. As investigações, que se estenderam por meses, descobriram que os criminosos já haviam iniciado a fase de vigilância das vítimas, monitorando seus movimentos e rotinas.
Alvos de alta periculosidade
As autoridades visadas pelo PCC ocupam cargos estratégicos no combate ao crime organizado dentro do sistema prisional paulista. O promotor atua diretamente em casos envolvendo a facção, enquanto o diretor do presídio é responsável pela administração de uma unidade que abriga membros de alta periculosidade do grupo criminoso.
Metodologia de investigação
A Polícia Civil utilizou técnicas investigativas avançadas para desvendar o plano de execuções. Entre as evidências coletadas estão:
- Gravações de conversas entre integrantes da facção
- Registros de monitoramento das vítimas
- Comunicações que detalhavam os planos de ataque
- Identificação dos executores designados para as missões
Contexto de tensão no sistema prisional
Este caso ocorre em um momento de elevada tensão nas penitenciárias paulistas. Recentemente, o PCC tem demonstrado capacidade operacional para planejar e executar ataques contra autoridades, mesmo de dentro das celas. A facção mantém um sistema de comando sofisticado que permite coordenar ações externas enquanto seus líderes cumprem pena em regime de segurança máxima.
Medidas de proteção reforçadas
Diante da descoberta do plano, as medidas de segurança em torno dos alvos foram intensificadas. As autoridades envolvidas no caso receberam esquemas especiais de proteção e tiveram suas rotinas alteradas para prevenir qualquer tentativa de ataque.
A Operação Mira representa mais um capítulo no embate constante entre o Estado e a maior facção criminosa do Brasil, evidenciando a ousadia do PCC em desafiar as instituições e a capacidade de resposta das forças de segurança em proteger servidores públicos ameaçados.