PCC monitorou autoridades com alvos de morte: Fantástico revela esquema de vigilância em estacionamento vulnerável
PCC monitorou autoridades com alvos de morte

Uma investigação exclusiva do Fantástico revelou nesta semana os métodos sofisticados utilizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para monitorar autoridades que possuem ordens de execução decretadas pela facção criminosa.

O ponto vulnerável: estacionamento sem segurança adequada

De acordo com as investigações, os criminosos identificaram um ponto crítico na segurança dessas autoridades: um estacionamento utilizado frequentemente por elas. O local apresentava falhas graves de segurança que facilitavam o monitoramento:

  • Muros baixos que permitiam visualização interna
  • Ausência total de câmeras de vigilância
  • Fácil acesso e saída para os observadores
  • Local considerado "tranquilo" pelas próprias autoridades

Como funcionava o esquema de vigilância

As investigações mostram que integrantes do PCC posicionavam-se estrategicamente no local para acompanhar a rotina das autoridades alvo. Os criminosos aproveitavam a falsa sensação de segurança do ambiente para coletar informações sobre:

  1. Horários de chegada e saída
  2. Rotinas diárias
  3. Veículos utilizados
  4. Medidas de segurança pessoal
  5. Possíveis pontos para execução

Autoridades com sentenças de morte

O Fantástico identificou que entre os monitorados estavam juízes, promotores e delegados que atuaram em casos de grande repercussão envolvendo a facção. Muitos desses profissionais de segurança e justiça já possuíam sentenças de morte decretadas pelo PCC há anos.

O mais alarmante: as autoridades frequentavam o local regularmente, completamente alheias ao fato de que estavam sendo observadas por integrantes da maior facção criminosa do país.

Falhas na segurança pública

A investigação expõe graves vulnerabilidades no sistema de proteção a autoridades ameaçadas. A ausência de medidas básicas de segurança em locais de uso frequente por esses profissionais demonstra como o crime organizado se aproveita de brechas aparentemente simples.

Especialistas em segurança ouvidos pelo programa alertam que casos como este evidenciam a necessidade de revisão urgente dos protocolos de proteção a autoridades sob ameaça, incluindo a avaliação de todos os locais frequentados regularmente por essas pessoas.