Uma investigação exclusiva do Fantástico revelou nesta semana os métodos sofisticados utilizados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para monitorar autoridades que possuem ordens de execução decretadas pela facção criminosa.
O ponto vulnerável: estacionamento sem segurança adequada
De acordo com as investigações, os criminosos identificaram um ponto crítico na segurança dessas autoridades: um estacionamento utilizado frequentemente por elas. O local apresentava falhas graves de segurança que facilitavam o monitoramento:
- Muros baixos que permitiam visualização interna
- Ausência total de câmeras de vigilância
- Fácil acesso e saída para os observadores
- Local considerado "tranquilo" pelas próprias autoridades
Como funcionava o esquema de vigilância
As investigações mostram que integrantes do PCC posicionavam-se estrategicamente no local para acompanhar a rotina das autoridades alvo. Os criminosos aproveitavam a falsa sensação de segurança do ambiente para coletar informações sobre:
- Horários de chegada e saída
- Rotinas diárias
- Veículos utilizados
- Medidas de segurança pessoal
- Possíveis pontos para execução
Autoridades com sentenças de morte
O Fantástico identificou que entre os monitorados estavam juízes, promotores e delegados que atuaram em casos de grande repercussão envolvendo a facção. Muitos desses profissionais de segurança e justiça já possuíam sentenças de morte decretadas pelo PCC há anos.
O mais alarmante: as autoridades frequentavam o local regularmente, completamente alheias ao fato de que estavam sendo observadas por integrantes da maior facção criminosa do país.
Falhas na segurança pública
A investigação expõe graves vulnerabilidades no sistema de proteção a autoridades ameaçadas. A ausência de medidas básicas de segurança em locais de uso frequente por esses profissionais demonstra como o crime organizado se aproveita de brechas aparentemente simples.
Especialistas em segurança ouvidos pelo programa alertam que casos como este evidenciam a necessidade de revisão urgente dos protocolos de proteção a autoridades sob ameaça, incluindo a avaliação de todos os locais frequentados regularmente por essas pessoas.