Uma investigação de alto impacto revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) mantinha um levantamento minucioso sobre a rotina de um promotor de Justiça e de chefes do sistema penitenciário paulista. As informações coincidem com a presença de um veículo suspeito na região onde um ex-delegado foi assassinado em abril deste ano.
Dossiê criminoso em detalhes
De acordo com documentos obtidos pela polícia, a facção compilou dados precisos sobre:
- Horários de entrada e saída do trabalho dos alvos
- Rotas habituais utilizadas pelas autoridades
- Endereços residenciais e pontos frequentes
- Composição familiar e hábitos pessoais
O modus operandi segue o padrão já identificado em outros casos de monitoramento realizado pela organização criminosa.
Conexão com assassinato de ex-delegado
As investigações ganharam novo contorno quando foi identificada a coincidência temporal entre o monitoramento e o assassinato do ex-delegado Mário Márcio de Almeida. O crime ocorreu no dia 10 de abril, em São Paulo.
Testemunhas relataram a presença de um carro suspeito nas proximidades do local do crime durante o período do homicídio. As características do veículo batem com as descrições de automóveis utilizados em outras ações atribuídas à facção.
Autoridades sob vigilância
Entre os alvos do monitoramento do PCC estavam:
- Um promotor de Justiça atuante em casos de crime organizado
- Dois diretores de presídios de alta segurança
- Três agentes penitenciários em cargos de chefia
As informações coletadas pela facção eram tão detalhadas que incluíam até os estabelecimentos comerciais frequentados pelas autoridades e seus familiares.
Operação de inteligência policial
A descoberta do esquema de vigilância ocorreu durante uma operação de inteligência conduzida pela polícia civil. Os investigadores conseguiram interceptar comunicações e acessar documentos internos da facção que comprovam a sistemática de coleta de informações.
Especialistas em segurança pública alertam que a prática representa um grave risco à integridade de servidores públicos que atuam no combate ao crime organizado. A situação exige medidas urgentes de proteção às autoridades ameaçadas.
O caso segue sob investigação sigilosa, e novas medidas de segurança estão sendo implementadas para proteger os alvos identificados no dossiê criminoso.