Uma operação policial de grande porte desmantelou nesta terça-feira (22) uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que atuava através de empresas de fachada em Mato Grosso. Cinco pessoas foram presas durante as ações, que cumpriram 10 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande.
Esquema milionário desvendado
De acordo com investigações da Delegacia Especializada de Crimes contra a Ordem Tributária (Decor), o grupo criminoso movimentou mais de R$ 1 milhão através de um sofisticado esquema que utilizava empresas fantasmas para ocultar a origem ilícita dos recursos.
"Os investigados criavam empresas sem atividade real apenas para justificar movimentações financeiras suspeitas", explicou o delegado responsável pelo caso.
Como funcionava o esquema
- Criação de empresas sem atividade comercial real
- Emissão de notas fiscais frias para simular operações
- Movimentação de grandes valores entre contas corporativas
- Uso de laranjas para mascarar os verdadeiros beneficiários
Operação em andamento
A operação, batizada de "Fantasma Fiscal", mobilizou mais de 30 policiais civis e contou com o apoio de peritos contábeis. Os agentes apreenderam documentos, computadores e outros materiais que comprovam as atividades ilegais.
As investigações começaram há seis meses após denúncias anônimas e cruzamento de dados do sistema financeiro que revelaram movimentações atípicas em empresas com pouca ou nenhuma estrutura física.
Prisões e penalidades
Os cinco presos em flagrante responderão pelos crimes de:
- Lavagem de dinheiro
- Formação de quadrilha
- Crimes contra a ordem tributária
- Falsidade ideológica
As penas podem chegar a 20 anos de prisão somando todos os delitos. A Polícia Civil não descarta novas prisões à medida que as investigações avançam.
Combate ao crime organizado
Esta operação representa um duro golpe no crime organizado em Mato Grosso e demonstra a eficácia do trabalho integrado entre as forças de segurança e os órgãos de controle financeiro.
"A mensagem que fica é clara: não toleraremos esquemas que buscam burlar a lei e prejudicar os cofres públicos", afirmou representante da Polícia Civil.
