Nesta quarta-feira, a pacata cidade de Cumaru, no agreste pernambucano, foi palco de uma verdadeira investida das forças de segurança. Pela manhã, enquanto muitos ainda tomavam seu café, 50 agentes das polícias Civil e Militar iniciaram uma operação conjunta que deixou a criminalidade local em alerta máximo.
O alvo? Uma organização criminosa que, segundo as investigações, atuava com descaramento no comércio ilegal de drogas e armas. A operação não foi improvisada — resultado de meses de trabalho discreto, daqueles que passam desperceidos mas rendem frutos importantes.
O que encontraram pelos becos da Vila Bela
No bairro Vila Bela, os policiais fizeram descobertas que impressionam pelo volume. Apreenderam:
- Mais de 100 pedras de crack — aquela droga que destrói vidas em segundos
- 50 porções de cocaína, prontas para o consumo
- 30 pinos de oxi, a substância mais devastadora das periferias
- Cinco armas de fogo, incluindo um revólver calibre 38
- Munição variada, suficiente para alimentar a violência por semanas
E tem mais: encontraram também R$ 1.200 em dinheiro vivo — provavelmente o lucro recente dessa atividade nefasta.
Uma estratégia que deu certo
O que me chamou atenção foi a abordagem integrada. Polícia Civil no comando das investigações, Polícia Militar na ação de campo. Dois braços do Estado trabalhando juntos, como deveria ser sempre. A operação faz parte do Programa de Redução de Homicídios — uma tentativa real de frear os números assustadores da violência.
E olha, parece que a coisa está funcionando. Segundo os dados oficiais, o estado já registra uma redução de 12% nos homicídios este ano. Não é maravilhoso? Mas ainda é pouco, muito pouco.
Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão durante a ação. Dois endereços que eram, nas palavras de um delegado que preferiu não se identificar, "pontos conhecidos da marginalidade local".
E agora, o que esperar?
As investigações — isso é importante destacar — continuam em andamento. A Polícia Civil já adiantou que novos desdobramentos são esperados para os próximos dias. A impressão que fica é que pegaram apenas a ponta do iceberg.
Enquanto isso, em Cumaru, a população respira um pouco mais aliviada. Mas sabe como é — nesse jogo de gato e rato, a tranquilidade pode ser passageira. O tráfico, infelizmente, tem uma capacidade de regeneração assustadora.
Resta torcer para que operações como essa não sejam eventos isolados, mas parte de uma estratégia permanente. Porque no fim das contas, o que todos queremos é simples: poder dormir em paz.
