Queimados em choque: milicianos suspeitos de assassinar gerente de supermercado em crime brutal
Milicianos executam gerente em Queimados, diz polícia

Queimados ainda não digeriu o choque. Naquele fim de tarde de terça-feira, o barulho de tiros fez vizinhos correrem para as janelas — era o gerente do supermercado local tombando em poça de sangue, vítima de execução que teria assinatura de milícia. A polícia não tem dúvidas: "Modus operandi típico", diz um delegado que prefere não se identificar.

"Era um cara trabalhador, conhecido por todo mundo aqui", conta Dona Maria, dona de uma banca próxima, enquanto arruma as frutas com mãos trêmulas. O clima na Rua Principal? "Medo. Puro medo."

Os detalhes que arrepiaram até investigadores experientes

Dois homens em uma moto preta. Capacetes fechados. Aproximação calculada. Quando a vítima saía para o intervalo, levaram 12 tiros — alguns à queima-roupa. "Isso aqui tá virando terra sem lei", desabafa um comerciante que pede anonimato.

  • Horário: 18h30, movimento ainda intenso
  • Local: Frente do supermercado, câmeras "misteriosamente" desligadas
  • Suspeitos: Integrantes de facção que domina extorsões na região

O que choca mesmo os investigadores? A frieza. Os bandidos esperaram o movimento de clientes diminuir, mas não se importaram com testemunhas. Queriam mandar recado.

O que se sabe sobre o possível motivo

Segundo fontes da delegacia, o gerente teria se recusado a pagar "taxa de proteção". Um mês antes, encontraram bilhete ameaçador no caixa: "A próxima vem quente". Ninguém levou a sério. Erro fatal.

"Esses caras tão agindo como donos da cidade", dispara o presidente da associação de moradores, visivelmente abalado. E pior: a cada denúncia não investigada, ganham mais coragem.

Enquanto isso, no supermercado, os funcionários se revezam entre o luto e o medo de ser o próximo. "Como seguir trabalhando assim?", pergunta uma jovem caixa, olhos vermelhos. A resposta, todos sabem, está nas mãos de autoridades que parecem cada vez mais distantes.