A cena de ostentação nas redes sociais contrastou brutalmente com a realidade das grades da prisão. Melissa Said, conhecida digitalmente como Ervoafetiva, foi presa nesta quarta-feira durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas.
Operação policial mira organização criminosa
A detenção ocorreu durante a Operação Narcos, desencadeada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação apura uma sofisticada organização criminosa especializada no envio de drogas para a Europa, utilizando métodos elaborados para burlar a fiscalização alfandegária.
Segundo as autoridades, a influenciadora teria participação ativa na rede de tráfico, aproveitando sua imagem pública para dar aparência de legalidade às atividades ilícitas.
Contraste entre vida virtual e realidade
Nas redes sociais, Melissa construiu uma imagem de sucesso e vida luxuosa. Com mais de 50 mil seguidores no Instagram, a influenciadora compartilhava viagens internacionais, jantares caros e uma rotina aparentemente glamourosa.
"A realidade por trás das postagens era completamente diferente", afirmou um delegado envolvido na operação, que preferiu não se identificar.
Modus operandi da organização
- Recrutamento de pessoas para transportar drogas internacionalmente
- Uso de técnicas sofisticadas de ocultação da cocaína
- Aproveitamento de voos comerciais para o transporte
- Pagamento em valores elevados pelos serviços
Outros envolvidos na operação
Além de Melissa Said, outras três pessoas foram presas durante a mesma operação. Todas são investigadas por integrar a mesma organização criminosa, que atuava de forma coordenada no Rio de Janeiro e em outros estados brasileiros.
As investigações começaram há aproximadamente seis meses, quando a polícia identificou um padrão no envio de drogas para o exterior. A quebra do sigilo telefônico e bancário dos investigados foi fundamental para desmontar a organização.
Prisão temporária e próximos passos
Melissa Said e os outros detidos foram encaminhados para o sistema prisional do Rio de Janeiro. Eles responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação criminosa, podendo enfrentar penas severas caso sejam condenados.
O caso chama atenção para o uso das redes sociais por criminosos que buscam camuflar atividades ilícitas sob a fachada de influenciadores digitais bem-sucedidos.