 
Uma investigação do Globo revela os detalhes da atuação de Wellington da Silva, conhecido como Grandão, que atua como uma espécie de "síndico do tráfico" no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
O administrador do crime
Grandão não é um traficante comum. Sua função vai além do comércio de drogas: ele é o responsável pela segurança da área dominada pela facção criminosa. Sua atuação se assemelha à de um administrador de condomínio, porém em escala comunitária e sob as regras do crime organizado.
As funções do "síndico"
- Controle de acesso à comunidade
- Gestão da segurança interna
- Supervisão de pontos de venda de drogas
- Mediação de conflitos entre traficantes
Estrutura paralela de poder
O caso de Grandão ilustra como o crime organizado no Rio desenvolveu estruturas administrativas sofisticadas, replicando funções do Estado em territórios sob seu domínio. Essa profissionalização do crime preocupa especialistas em segurança pública.
"Não se trata apenas de vender drogas, mas de administrar um território com regras próprias", explica um pesquisador de segurança pública que acompanha o caso.
Histórico criminal
Wellington da Silva possui um extenso histórico criminal que inclui:
- Associação para o tráfico
- Porte ilegal de arma de fogo
- Homicídio
- Roubo
Sua atuação no Complexo da Penha o tornou uma figura central na manutenção do controle territorial pela facção criminosa.
Impacto na comunidade
A presença de figuras como Grandão cria uma governança paralela que afeta diretamente a vida dos moradores. Enquanto garante certa "ordem" interna, essa estrutura mantém a comunidade sob o domínio do tráfico e impede a atuação efetiva do Estado.
O caso evidencia os desafios complexos que o poder público enfrenta para retomar o controle de territórios dominados por organizações criminosas cada vez mais estruturadas.
 
 
 
 
