Faccção toma máquinas de apostas e impõe 'taxa' no Ceará: mais de 10 trabalhadores abandonam emprego
Faccção toma máquinas e exige porcentagem em apostas

Uma onda de intimidação e violência está assustando trabalhadores e comerciantes do interior do Ceará. Uma facção criminosa tem invadido estabelecimentos comerciais para tomar o controle de máquinas de apostas e caça-níqueis, impondo um regime de cobrança forçada que já levou mais de dez funcionários a abandonarem seus empregos por medo.

O modus operandi da intimidação

Segundo relatos e investigações em andamento, os criminosos agem de forma organizada:

  • Aproximação inicial com ameaças veladas aos comerciantes
  • Confisco das máquinas de apostas e caça-níqueis
  • Exigência de porcentagem sobre os lucros obtidos
  • Intimidação direta contra funcionários que se recusam a cooperar

Fuga em massa de trabalhadores

O clima de terror instaurado pela facção já produziu consequências graves no mercado de trabalho local. Mais de dez profissionais que atuavam no setor de apostas e loterias preferiram abandonar seus postos de trabalho a enfrentar a pressão dos criminosos.

"Quando sua segurança está em jogo, não há salário que compense", relatou um ex-funcionário que pediu para não ser identificado. "Eles chegam armados, dão ordens e ameaçam. Não temos escolha a não ser obedecer ou sair."

Operação policial em andamento

As autoridades já foram acionadas e investigam o caso. A Polícia Civil do Ceará confirmou que:

  1. Existem investigações em curso sobre a atuação da facção
  2. relatos de ameaças em múltiplos estabelecimentos
  3. O abandono de trabalho é uma realidade documentada
  4. As investigações buscam identificar os responsáveis

Impacto na economia local

Além do trauma psicológico causado nos trabalhadores, a situação está afetando diretamente o comércio local. Estabelecimentos que dependiam das receitas das máquinas de apostas agora enfrentam:

  • Queda na movimentação de clientes
  • Perda de fonte de renda complementar
  • Dificuldade para contratar novos funcionários
  • Medo constante de novas investidas criminosas

O caso expõe uma faceta preocupante do crime organizado no interior do Nordeste, onde facções buscam diversificar suas fontes de renda através da exploração de atividades lícitas por meio de métodos ilícitos e violentos.