Médica presa por mandar matar farmacêutica queria ser 'mãe' da filha da vítima, revela delegado
Médica presa queria ser mãe da filha da vítima

Um caso que chocou Uberlândia, no Triângulo Mineiro, ganhou novos e perturbadores detalhes nesta quinta-feira (6). A médica Cristiana Roriz, de 47 anos, presa por ordenar o assassinato da farmacêutica Lívia sob encomenda, teria um motivo ainda mais sinistro do que se imaginava.

Segundo revelações do delegado responsável pelo caso, Eduardo Lopes, a médica não apenas mandou matar a profissional de 38 anos como pretendia assumir o papel de mãe da filha adolescente da vítima.

O plano macabro

"Ela queria substituir a vítima na vida da filha", afirmou o delegado em entrevista coletiva. "Há indícios de que Cristiana via a menina como uma oportunidade de preencher um vazio maternal, já que não tinha filhos próprios."

As investigações mostram que a médica e a farmacêutica se conheciam há anos e mantinham uma relação de proximidade. Aproveitando-se dessa confiança, Cristiana elaborou um plano minucioso para eliminar Lívia e se aproximar da adolescente.

Execução brutal

O crime ocorreu no dia 22 de outubro, quando a farmacêutica foi abordada por dois homens em frente ao próprio condomínio, no bairro Shopping Park. Os assassinos efetuaram vários disparos e fugiram em um veículo que foi posteriormente localizado abandonado.

As investigações da Polícia Civil rapidamente identificaram que se tratava de um homicídio sob encomenda, com fortes indícios apontando para a médica como mandante.

As provas contra a médica

  • Registros financeiros mostrando transferências para os executores
  • Mensagens trocadas com intermediários do crime
  • Relatos de testemunhas sobre o relacionamento entre médica e vítima
  • Comportamento suspeito após o assassinato

Prisão preventiva decretada

Cristiana Roriz foi presa preventivamente na última terça-feira (4) e está custodiada no Presídio Judiciário de Uberlândia. Além dela, outras quatro pessoas foram presas pela participação no crime, incluindo os dois executores e intermediários.

"É um caso que choca pela frieza e pelo grau de planejamento", comentou o delegado Eduardo Lopes. "A investigação continua para apurar todos os detalhes dessa trama complexa."

O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que não descarta a possibilidade de novos desdobramentos e prisões.