Doze anos após cometer um crime que chocou o país durante os protestos de 2013, o motorista condenado por atropelar e matar um jovem durante as manifestações em Ribeirão Preto teve seu pedido de liberdade condicional negado pela Justiça.
O crime que marcou os protestos
Durante as grandes manifestações que tomaram as ruas do Brasil em junho de 2013, um trágico incidente em Ribeirão Preto resultou na morte de um jovem participante dos protestos. O motorista, identificado como Cláudio Antonio da Silva, avançou sobre os manifestantes com seu veículo, causando a morte instantânea da vítima.
Longa espera pela liberdade
Após cumprir 12 anos de prisão, o condenado buscou na Justiça o direito à liberdade condicional. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo considerou que não estão preenchidos todos os requisitos legais para conceder o benefício.
"A gravidade do delito e as circunstâncias em que foi praticado ainda pesam contra a concessão da liberdade condicional", avaliaram os desembargadores em sua decisão.
Requisitos não atendidos
Entre os fatores que influenciaram a decisão judicial estão:
- A natureza violenta do crime
- O alto potencial de comoção social
- A necessidade de cumprimento integral da pena
- As avaliações técnicas do sistema prisional
Impacto nas famílias
O caso continua sendo uma ferida aberta para a família da vítima, que acompanha cada desenvolvimento jurídico do processo. Para os parentes do jovem morto, a decisão representa um alívio momentâneo em uma longa jornada por justiça.
"A cada audiência, revivemos a dor da perda. Saber que ele continuará presso nos traz alguma tranquilidade", declarou um familiar que preferiu não se identificar.
Legado dos protestos de 2013
Os protestos de 2013 marcaram um momento histórico no Brasil, com milhões de pessoas nas ruas reivindicando melhorias em diversos setores. O trágico episódio de Ribeirão Preto se tornou um símbolo dos excessos cometidos durante os confrontos entre manifestantes e autoridades.
A decisão judicial reforça o entendimento de que crimes cometidos em contextos de manifestações públicas serão tratados com rigor pelo sistema de justiça brasileiro.
