O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu manter na prisão o youtuber infantil conhecido como Capitão Hunter, negando um pedido de habeas corpus em seu favor. O influenciador digital, cujo nome real é Willian de Souza Nascimento, responde por suspeita de crimes de pedofilia e corrupção de menores.
Decisão judicial fundamentada
Em decisão unânime, a 2ª Câmara Criminal do TJ-PR rejeitou o recurso da defesa do youtuber, mantendo a prisão preventiva decretada pela Justiça de primeira instância. Os desembargadores consideraram que existem elementos concretos que justificam a manutenção da custódia do acusado.
Entre os fatores que pesaram na decisão estão:
- Risco de fuga do acusado
- Possibilidade de destruição de provas
- Proteção da ordem pública
- Gravidade das acusações
Investigação e prisão
Willian de Souza Nascimento, de 29 anos, foi preso no último dia 10 de janeiro durante operação da Polícia Civil do Paraná. O youtuber era conhecido por produzir conteúdo infantil no canal "Capitão Hunter", que contava com milhões de visualizações e seguidores.
As investigações começaram após denúncias de que o influenciador estaria aliciando crianças através de suas redes sociais. Segundo as autoridades, ele utilizava sua imagem pública para se aproximar de menores e cometer crimes sexuais.
Repercussão do caso
O caso do Capitão Hunter ganhou grande repercussão nacional por envolver um criador de conteúdo infantil acusado de crimes graves contra crianças. Especialistas em segurança digital alertam para os perigos que crianças e adolescentes podem enfrentar na internet, mesmo em ambientes aparentemente seguros.
"Este caso serve como alerta para pais e responsáveis sobre a importância de monitorar as atividades online das crianças e orientá-las sobre os riscos da internet", destacou um especialista em crimes digitais consultado pela reportagem.
Próximos passos
Com a manutenção da prisão preventiva, o youtuber permanecerá no sistema carcerário enquanto as investigações continuam. A defesa ainda pode recorrer da decisão para instâncias superiores, mas por enquanto, a Justiça paranaense mantém sua posição de que a prisão é necessária para garantir o andamento do processo.
O caso segue sob sigilo judicial, mas novas informações devem ser divulgadas conforme a investigação avança e novas audiências são marcadas.