Falso médico vai a júri popular por homicídio após receitar remédio errado e paciente cardíaca morrer
Falso médico no júri por homicídio de paciente cardíaca

Um caso que chocou a região de São Paulo chega ao tribunal do júri: um homem que se passava por médico será julgado por homicídio após receitar um medicamento contraindicado para uma paciente cardíaca, que morreu horas depois em casa.

O crime que terminou em tragédia

Em agosto de 2022, a dona de casa Maria Cinira da Silva Nascimento, de 59 anos, procurou atendimento médico queixando-se de fortes dores lombares. Ela foi atendida por Jhonatan Gomes de Oliveira, de 29 anos, que se apresentava como médico na cidade de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

Sem saber que estava nas mãos de um impostor, Maria Cinira recebeu a receita de um anti-inflamatório para tratar as dores. Horas após tomar a medicação, a paciente - que tinha histórico de problemas cardíacos - sofreu um infarto fulminante dentro de sua própria casa.

A farsa descoberta

As investigações revelaram que Jhonatan Gomes de Oliveira nunca teve formação médica e não possuía registro no Conselho Regional de Medicina. Ele atuava ilegalmente em um consultório, enganando pacientes que confiavam em seu suposto conhecimento profissional.

O Ministério Público de São Paulo denunciou o falso médico por homicídio doloso, alegando que ele assumiu o risco de provocar a morte da paciente ao exercer ilegalmente a medicina e prescrever medicamentos sem qualificação adequada.

Júri popular decide destino do acusado

O caso será submetido a júri popular após a 1ª Vara do Júri de Itapecerica da Serra aceitar a denúncia. O falso médico responderá perante a sociedade pelos seus atos, que custaram a vida de uma paciente que buscava alívio para suas dores.

O julgamento representa um alerta para a população sobre os riscos de procurar atendimento médico em estabelecimentos não regulamentados e a importância de verificar a qualificação dos profissionais de saúde.

Esta tragédia serve como um doloroso lembrete: a prática ilegal da medicina pode ter consequências fatais, e a fiscalização sobre profissionais não habilitados precisa ser constante para proteger vidas.