
Um casal de tutores de São José do Rio Preto vive momentos de angústia após a Prefeitura municipal descobrir que eles mentiram sobre a condição de uma gata para obter atendimento veterinário gratuito. O caso, que mistura questões éticas e a burocracia dos serviços públicos, gerou polêmica na cidade.
A tentativa de burlar o sistema
Os tutores levaram a felina ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) afirmando que se tratava de um animal de rua ou comunitário, categoria que tem direito a atendimento gratuito pela prefeitura. No entanto, durante a triagem, os funcionários do órgão perceberam indícios de que o animal era, na verdade, doméstico e tinha tutores responsáveis.
"Entramos em desespero porque a gente não tem condições de pagar um tratamento particular", revelou um dos tutores, que preferiu não se identificar. A declaração expõe o dilema financeiro que levou o casal a tomar a decisão questionável.
A descoberta e as consequências
A fraude foi descoberta através de uma investigação da própria prefeitura, que constatou que os tutores:
- Mentiram sobre a condição do animal
- Tentaram obter benefícios indevidamente
- Violaram as regras do serviço público veterinário
Como consequência, a prefeitura retive o animal e abriu um processo administrativo para apurar o caso. A medida preventiva visa garantir o bem-estar do felino enquanto a situação é resolvida.
O drama dos tutores
O casal agora enfrenta não só a possível perda do animal de estimação, mas também consequências legais por ter fornecido informações falsas à administração municipal. Eles alegam que a atitude foi motivada pela impossibilidade financeira de arcar com os custos veterinários particulares.
"A gente só queria ajudar nossa gata, não tínhamos más intenções", justificou um dos tutores, demonstrando o desespero que tomou conta da família após a retenção do animal.
O posicionamento da prefeitura
A administração municipal mantém uma postura firme em relação ao caso, afirmando que a conduta dos tutores configura tentativa de obter vantagem ilegal sobre serviços destinados a animais realmente em situação de rua. O caso serve como alerta para que a população não tente burlar as regras estabelecidas para o atendimento veterinário público.
Enquanto isso, a gata permanece sob os cuidados do CCZ, e os tutores aguardam ansiosos por uma solução que permita o retorno do animal para casa, agora cientes de que atitudes como essa podem ter sérias repercussões.