Médica reloca atendimento inusitado: mulher chega à UPA com bebê reborn achando que era brincadeira
Mulher leva bebê reborn para UPA em MT

Uma situação extraordinária mobilizou a equipe médica de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mato Grosso nesta semana. Uma mulher chegou à unidade de saúde carregando nos braços o que parecia ser um recém-nascido, mas que na realidade era uma boneca reborn - aquelas famosas por seu hiper-realismo.

"No primeiro momento, achei que era brincadeira", revela a médica que atendeu o caso, ainda surpresa com a situação. A profissional, que prefere não se identificar, conta que a paciente insistia que o "bebê" precisava de atendimento urgente.

O desenrolar do atendimento

Segundo relatos da equipe médica, a mulher demonstrava genuína preocupação com a boneca, tratando-a como se fosse uma criança de verdade. "Ela segurava com todo cuidado, aconchegava e falava como se estivesse cuidando de um bebê real", descreve uma das enfermeiras que testemunhou a cena.

Os profissionais de saúde precisaram agir com sensibilidade diante da situação incomum. A abordagem foi cuidadosa, tentando entender o contexto por trás do comportamento da paciente sem causar constrangimento.

O fenômeno dos bebês reborn

As bonecas reborn são conhecidas por seu impressionante realismo, sendo fabricadas para se assemelharem a bebês verdadeiros em todos os detalhes. Essas peças são frequentemente utilizadas para:

  • Terapia emocional para pessoas que sofrem com perdas ou solidão
  • Colecionismo entre entusiastas de artesanato realista
  • Finalidades artísticas e de representação

No entanto, casos como esse em Mato Grosso alertam para a importância de acompanhamento psicológico quando o uso dessas bonecas ultrapassa os limites do saudável.

Reflexões sobre saúde mental

O caso reacende o debate sobre a saúde mental na sociedade contemporânea. Especialistas apontam que situações como esta podem indicar:

  1. Carência afetiva extrema
  2. Problemas psicológicos não tratados
  3. Dificuldade de distinção entre realidade e fantasia

A equipe da UPA encaminhou a mulher para acompanhamento especializado, reconhecendo que por trás do comportamento incomum poderia haver necessidades de saúde mental não atendidas.

O ocorrido serve como alerta para a importância de políticas públicas que contemplem não apenas a saúde física, mas também o bem-estar psicológico da população.