Bebê Reborn na UPA: Mulher Leva Boneca Hiper-realista com Sintomas de Gripe em Cena Inusitada
Mulher leva bebê reborn com gripe para UPA em MT

Uma cena incomum chamou a atenção de profissionais e pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jardim dos Estados, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Na última sexta-feira (24), uma mulher chegou ao local carregando nos braços um bebê reborn - boneca hiper-realista - alegando que a "criança" apresentava sintomas de gripe.

Atendimento que virou notícia

De acordo com relatos da equipe médica, a situação foi descoberta durante o processo de triagem. A mulher, que não teve a identidade revelada, aguardava na fila de atendimento quando chamou a atenção por seu comportamento atípico com a boneca.

"Nossa equipe percebeu que se tratava de uma boneca extremamente realista durante a avaliação inicial", explicou um dos profissionais de saúde que preferiu não se identificar.

O fenômeno dos bebês reborn

Os chamados bebês reborn são bonecas artesanais criadas para imitar bebês reais com impressionante realismo. O fenômeno ganhou popularidade mundial através das redes sociais, onde colecionadores compartilham suas peças.

  • Bonecas feitas manualmente com materiais como silicone e vinil
  • Detalhes realistas incluindo veias, marcas de nascença e textura de pele
  • Preços que podem chegar a milhares de reais
  • Usadas por colecionadores, em terapia e como objeto artístico

Abordagem da equipe médica

Diante da situação atípica, a equipe da UPA optou por uma abordagem humanizada. A mulher foi orientada de forma respeitosa sobre a finalidade do serviço de urgência e emergência.

"Nosso foco foi acolher a pessoa com empatia, entendendo que poderia haver questões emocionais envolvidas", complementou o profissional.

Reflexão sobre saúde mental

O caso reacende o debate sobre a importância do acolhimento em saúde mental nas unidades de emergência. Especialistas apontam que situações como esta podem ser sintoma de solidão, transtornos psicológicos ou necessidade de apoio emocional.

As UPAs, originalmente projetadas para casos de urgência clínica, têm se deparado cada vez mais com demandas relacionadas à saúde mental - um desafio para o sistema público de saúde.

O ocorrido em Várzea Grande serve como alerta para a necessidade de políticas públicas integradas que contemplem tanto a saúde física quanto mental da população.