Mãe entrega próprio filho à PM e revela plantação de maconha com 11 pés no quintal de casa em Dracena
Mãe entrega filho à PM por cultivo de maconha em Dracena

Uma cena incomum chamou a atenção em Dracena, interior de São Paulo, nesta quinta-feira (31). Em um ato que mistura desespero e responsabilidade, uma mãe tomou a difícil decisão de levar o próprio filho até a delegacia e revelar às autoridades um segredo que mantinha há tempos: onze pés de maconha sendo cultivados no quintal de casa.

O drama familiar que virou caso de polícia

De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher compareceu espontaneamente à 2ª Companhia da Polícia Militar por volta das 10h da manhã. Ela não apenas entregou o filho às autoridades, como também guiou os policiais até a residência da família, localizada no Jardim Canaã, onde o cultivo ilegal estava estabelecido.

"A mãe demonstrava claros sinais de angústia e preocupação com o rumo que a vida do filho estava tomando", relatou um dos PMs envolvidos no caso.

A descoberta no quintal

No local, os policiais se depararam com uma plantação organizada de maconha em diferentes estágios de crescimento. As plantas estavam distribuídas pelo quintal, algumas já em fase avançada de desenvolvimento. A estrutura montada para o cultivo incluía:

  • Onze pés de Cannabis sativa
  • Sistema de irrigação caseiro
  • Adubação aparentemente profissional
  • Controle de luminosidade

As consequências legais

O jovem, cuja identidade não foi divulgada, foi autuado em flagrante por cultivo ilegal de plantas psicotrópicas. Todo o material apreendido foi encaminhado para perícia, enquanto o acusado foi levado para a delegacia para os procedimentos cabíveis.

Especialistas em direito penal explicam que o crime de cultivo de plantas destinadas à preparação de drogas pode render pena de 3 a 10 anos de prisão, além de multa, conforme o artigo 33 da Lei de Drogas.

Um caso que vai além da lei

O episódio levanta questões profundas sobre conflitos familiares e a difícil decisão entre proteger um filho e cumprir com o dever cívico. A atitude da mãe, embora dolorosa, pode ser vista como um ato de amor extremo na tentativa de evitar que o filho se aprofundasse no mundo das drogas.

"Às vezes, as decisões mais difíceis são as que mais demonstram amor. Esta mãe escolheu o caminho da intervenção drástica para tentar salvar o futuro do filho", analisa uma assistente social que acompanha casos similares.

A polícia continua investigando se havia envolvimento de outras pessoas no esquema e se parte da produção era destinada ao comércio ilegal.