 
Um caso que mistura drama familiar e crime abalou a tranquilidade de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo. Na última quinta-feira (31), um jovem de 19 anos arquitetou um plano elaborado para extorquir dinheiro da própria mãe, fingindo ter sido sequestrado.
A trama que começou nas redes sociais
Tudo começou quando a mãe do adolescente recebeu mensagens angustiantes através do WhatsApp. As mensagens, supostamente enviadas por sequestradores, exigiam um resgate em troca da liberdade do filho. Os criminosos relatavam que o jovem estava sendo mantido em cativeiro e corria perigo de morte.
Preocupada e desesperada, a mulher não hesitou em acionar imediatamente a Polícia Civil para registrar a ocorrência. Ela acreditava piamente que seu filho estava em grave perigo.
A investigação que desvendou a farsa
Os investigadores do 1º Distrito Policial de São Sebastião iniciaram as diligências para localizar o paradeiro do jovem. Durante as buscas, uma reviravolta surpreendente aconteceu: os policiais encontraram o suposto sequestrado caminhando tranquilamente pelas ruas da cidade, completamente livre e sem qualquer sinal de ter sido vítima de crime.
Diante das evidências, o jovem não conseguiu sustentar a farsa e confessou toda a trama aos policiais. Ele admitiu que havia inventado o próprio sequestro com o único objetivo de conseguir dinheiro da família.
As consequências do plano criminoso
O adolescente foi levado para a delegacia, onde a mãe confirmou que as mensagens de extorsão haviam partido do número de telefone do próprio filho. Diante das provas contundentes, o jovem foi autuado em flagrante por extorsão mediante sequestro.
A situação é ainda mais grave porque se configura como autossequestro, um crime previsto no artigo 159 do Código Penal Brasileiro, que prevê pena de reclusão de 8 a 15 anos.
O que diz a lei sobre autossequestro
- É considerado crime hediondo
- Não permite liberdade provisória
- Pena pode ser aumentada por se tratar de crime contra o patrimônio mediante violência
- Configura agravante quando cometido contra ascendente
Após os procedimentos policiais, o jovem foi transferido para a cadeia pública de Caraguatatuba, onde aguardará o andamento do processo judicial.
Este caso serve como alerta para as famílias sobre os riscos das relações familiares deterioradas e as consequências graves de atitudes criminosas, mesmo quando motivadas por supostas necessidades financeiras.
 
 
 
 
