
Um influenciador digital do Acre se tornou alvo de críticas após gravar um vídeo polêmico vestindo trajes típicos de religiões de matriz africana e realizando um suposto ritual de "benzimento" em uma câmera. O caso ocorreu após uma briga e gerou rápida reação das autoridades religiosas.
Cena inusitada choca seguidores
Nas imagens que circulam nas redes sociais, o criador de conteúdo aparece utilizando indumentárias sagradas enquanto executa gestos que imitam rituais tradicionais diante do equipamento de filmagem. A performance, aparentemente realizada como forma de protesto ou manifestação após uma discussão, foi interpretada como uma banalização de símbolos religiosos.
Federação emite nota de repúdio
A Federação Acreana de Cultos de Matriz Africana não poupou críticas ao episódio. Em comunicado oficial, a entidade classificou o ato como desrespeitoso e característico de apropriação cultural.
"Repudiamos veementemente a utilização indevida de vestes sagradas e a deturpação de nossos rituais para conteúdo de entretenimento", declarou a organização, ressaltando a importância do respeito às tradições religiosas.
Discussão antecedeu gravação polêmica
Segundo informações apuradas, a gravação aconteceu após uma briga envolvendo o influenciador. Na tentativa de criar engajamento ou responder às críticas, ele optou por incorporar elementos religiosos de forma inadequada, gerando ainda mais controvérsia.
Especialistas alertam sobre consequências
Religiosos e estudiosos das tradições de matriz africana lembram que as vestimentas e rituais possuem significados profundos e não devem ser reduzidos a instrumentos para likes e visualizações.
"Quando símbolos sagrados são usados fora de contexto, sem a devida compreensão e autorização, configuramos um caso claro de desrespeito à liberdade religiosa", explica um pesquisador do tema.
Nas redes sociais, reações mistas
Enquanto alguns seguidores defenderam o influenciador, classificando o vídeo como "brincadeira", a maioria dos comentários condenou a atitude:
- "Isso não é conteúdo, é desrespeito"
- "Religião não é fantasia para TikTok"
- "Apropriação cultural escancarada"
O caso reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão nas redes sociais e o respeito às diversidades religiosas brasileiras.