Novos documentos divulgados nesta quarta-feira (12) revelam indícios concretos de que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha conhecimento sobre a rede de exploração sexual comandada pelo empresário Jeffrey Epstein. As correspondências eletrônicas, obtidas por deputados do Partido Democrata, representam a evidência mais forte até o momento sobre o envolvimento do político no caso.
Os e-mails comprometedores
Nas mensagens divulgadas, Jeffrey Epstein faz referências diretas ao conhecimento de Trump sobre suas atividades criminosas. Em um dos trechos mais impactantes, Epstein afirma categoricamente: "Claro que ele sabia sobre as garotas", em uma clara alusão às vítimas menores de idade exploradas sexualmente pela rede.
Os documentos mostram ainda que, segundo Epstein, Trump não apenas tinha ciência do esquema, como também "passou horas" com uma das vítimas. As correspondências foram trocadas entre o empresário e o escritor Michael Wolff, e agora fazem parte da investigação conduzida pelos democratas na Comissão de Supervisão do Congresso dos EUA.
O histórico criminal de Epstein
Jeffrey Epstein foi condenado pela acusação de abusar sexualmente de mais de 250 meninas menores de idade e operar uma sofisticada rede de exploração sexual. O empresário foi preso em 2019, mas sua morte ocorreu de forma suspeita dentro de sua cela apenas um mês após a prisão, levantando questionamentos sobre as circunstâncias do ocorrido.
O caso Epstein ganhou proporções internacionais devido ao envolvimento de figuras poderosas da política, negócios e entretenimento. As investigações continuam revelando novos detalhes sobre a extensão da rede criminosa e suas conexões com personalidades influentes.
As negativas de Trump
Diante das novas evidências, Donald Trump nega veementemente qualquer envolvimento ou conhecimento prévio sobre as atividades criminosas de Epstein. O ex-presidente mantém sua posição de que não tinha ciência do esquema de exploração sexual, apesar das declarações contidas nos e-mails divulgados.
As revelações ocorrem em um momento politicamente sensível para Trump, que busca a reeleição para a presidência dos Estados Unidos. Os documentos devem intensificar o escrutínio sobre seu relacionamento com Epstein e levantar novas questões sobre o que ele realmente sabia sobre os crimes cometidos pelo empresário.
A investigação continua em andamento, com os deputados democratas analisando milhares de documentos relacionados ao caso Epstein. As novas evidências representam um marco significativo na busca pela verdade sobre uma das maiores redes de exploração sexual já descobertas, com ramificações que atingem os mais altos escalões do poder norte-americano.
