Uma operação de combate ao crime financeiro revelou os detalhes de um sofisticado esquema de golpes que simulava centrais de atendimento de grandes bancos. A Polícia Civil do Rio de Janeiro cumpriu 11 mandados de prisão na capital e região metropolitana, desarticulando uma organização criminosa especializada em aplicar golpes contra correntistas.
Como funcionava o golpe
Os criminosos agiam de forma extremamente profissional, criando centrais de atendimento falsas que eram virtualmente idênticas às oficiais dos bancos. As vítimas recebiam ligações com identificador que simulava ser da instituição financeira, onde golpistas bem treinados aplicavam diferentes modalidades de fraude:
- Clonagem de aplicativos bancários através de engenharia social
- Transferências não autorizadas de contas correntes
- Abertura de empréstimos em nome das vítimas
- Roubo de dados pessoais e financeiros
Alcance nacional e prejuízos milionários
As investigações mostraram que o grupo atuava em todo o território nacional, com vítimas em diversos estados brasileiros. O prejuízo total já identificado supera a marca de R$ 1 milhão, valor que pode aumentar conforme as investigações avançam e novas vítimas são identificadas.
"Era uma estrutura profissional, com divisão de tarefas e alto nível de sofisticação técnica", explicou um delegado envolvido na operação.
Operação Álamo: a investida da polícia
Batizada de Operação Álamo, a ação policial mobilizou dezenas de agentes em endereços localizados no Rio de Janeiro, Duque de Caxias e São Gonçalo. Além das prisões, os policiais apreenderam:
- Computadores e notebooks usados nos crimes
- Smartphones com aplicativos de comunicação
- Documentos com dados de possíveis vítimas
- Anotações com scripts usados nos golpes
Proteção contra golpes: como se prevenir
Especialistas em segurança digital recomendam medidas básicas para evitar cair em golpes similares:
- Nunca forneça dados pessoais em ligações recebidas
- Desconfie de promoções e ofertas recebidas por telefone
- Verifique sempre ligando para o número oficial do banco
- Não instale aplicativos sugeridos por supostos atendentes
- Ative a verificação em duas etapas em todos os aplicativos bancários
As investigações continuam e novas prisões não estão descartadas. Os presos serão encaminhados ao sistema prisional e responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e invasão de dispositivo informático.
