Black Friday: Receita apreende 60 volumes de eletrônicos irregulares no AC
Operação contra golpes na Black Friday apreende produtos no AC

Uma operação conjunta da Receita Federal e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) resultou na apreensão de pelo menos 60 volumes de produtos eletrônicos sem certificação durante a Black Friday em Rio Branco, no Acre. A ação de fiscalização ocorreu na última terça-feira (25) e visou combater a comercialização de mercadorias irregulares.

Operação apreende celulares e acessórios perigosos

Nos quatro estabelecimentos fiscalizados, as equipes encontraram carregadores, cabos e outros acessórios supostamente sem certificação da Anatel ou do Inmetro. Esses produtos representam riscos significativos aos consumidores, podendo causar choques elétricos, superaquecimento, falhas de desempenho e até afetar redes de telecomunicações.

Além dos acessórios, também foram apreendidos smartphones, tablets e selos falsificados de certificação. A investigação partiu da área de repressão ao contrabando e descaminho da Receita Federal, que identificou os locais alvo da operação.

Objetivo é proteger consumidores e combater concorrência desleal

Segundo os órgãos envolvidos, o objetivo da operação é impedir a comercialização de produtos trazidos ao país de forma irregular ou sem os padrões mínimos de segurança exigidos para eletrônicos. As ações buscam reduzir riscos ao consumidor, garantir a integridade das redes de telecomunicações e combater a concorrência desleal no comércio local.

A Receita Federal destacou que a operação ocorreu estrategicamente durante o período da Black Friday, quando há aumento significativo nas vendas de produtos eletrônicos e consequentemente maior circulação de mercadorias irregulares.

Crescem os golpes eletrônicos durante a Black Friday

Paralelamente às operações de fiscalização, autoridades alertam para o aumento de golpes digitais durante o período de promoções. Criminosos têm aproveitado a Black Friday para espalhar sites falsos que simulam o visual de grandes varejistas e oferecem promoções que não existem.

As páginas fraudulentas usam nomes parecidos com os oficiais, exibem descontos altos e direcionam o pagamento exclusivamente para Pix, um dos principais sinais de alerta. Esses links são impulsionados por anúncios em redes sociais, além de circularem por e-mails e mensagens.

As vítimas costumam ser pressionadas por estratégias de urgência, como contagens regressivas e avisos de últimas unidades, que têm o objetivo de acelerar a compra sem que percebam inconsistências.

Como se proteger dos golpes

Especialistas orientam os consumidores a sempre conferirem o endereço do site, compararem preços com lojas reconhecidas e evitarem concluir a compra quando houver só uma forma de pagamento disponível. No caso de cair em um golpe, a recomendação é acionar o banco imediatamente e solicitar o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para tentar reverter a transação.

Os dados reforçam a necessidade de atenção: golpes em meios eletrônicos cresceram 87% no Acre, segundo o Anuário de Segurança Pública. Entre as modalidades mais comuns estão o 'golpe da facção', onde criminosos fazem ameaças e exigem até R$ 3 mil das vítimas, e o 'golpe do PIX'.