Operação Policial Paralisa Zona Oeste do Rio: Moradores Caminham Km sem Ônibus
Operação no Rio deixa moradores a pé na Zona Oeste

Uma megaoperação da Polícia Civil transformou a tarde desta segunda-feira (28) na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O que começou como uma ação de combate ao crime terminou com centenas de moradores enfrentando uma verdadeira via-crúcis para voltar para casa.

Caos no Transporte Público

Por volta das 14h30, as ruas de Campo Grande, Santíssimo e adjacências testemunharam cenas incomuns: trabalhadores, estudantes e idosos caminhando por quilômetros sob o sol forte. A razão? A suspensão total das linhas de ônibus que atendem a região.

"Tive que caminhar mais de 5 km com minhas compras. Estou exausta e indignada", relatou uma moradora que preferiu não se identificar.

Operação Contra Roubo de Cargas

A ação policial, batizada de "Kriptonita", tinha como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em roubo de cargas. Segundo a Polícia Civil, o grupo agia há meses na região e era responsável por diversos assaltos a caminhões.

Durante a operação, os policiais realizaram:

  • 10 mandados de busca e apreensão
  • 4 mandados de prisão preventiva
  • Apreensão de armas e veículos
  • Recuperação de mercadorias roubadas

Impacto na População

Enquanto a operação seguia seu curso, a população local pagou o precho. Com as ruas interditadas e o risco de confrontos, as empresas de transporte optaram por retirar temporariamente seus veículos de circulação.

"Sabemos que operações como esta causam transtornos, mas são necessárias para garantir a segurança de todos a longo prazo", explicou um porta-voz da Polícia Civil.

Alternativas Encontradas pela População

Sem opções de transporte público, os moradores tiveram que improvisar:

  1. Caminhadas por até 7 km
  2. Uso de aplicativos de transporte (quando disponíveis)
  3. Carona solidária entre vizinhos
  4. Aguardar por horas em pontos de ônibus

Por volta das 18h, com o término da operação, o serviço de ônibus começou a ser normalizado gradualmente. No entanto, o episódio deixou claro a vulnerabilidade do sistema de transporte da região e a necessidade de melhor planejamento para operações deste tipo.