
Era para ser mais um domingo de superação pessoal, aquela sensação gostosa de cruzar a linha de chegada com a camiseta suada e o coração batendo forte de satisfação. Mas o cenário que se desenhou no Parque Flamboyant, em Goiânia, foi completamente diferente do que qualquer um dos participantes poderia imaginar.
Por volta das 8h da manhã, quando o sol já começava a esquentar, um homem de 42 anos — vamos chamá-lo de João, porque por trás de todo atleta há uma história — simplesmente desabou. Não foi um tropeção, não foi uma queda comum. Foi algo que parecia saído de um pesadelo.
Os minutos decisivos
Testemunhas contam que a cena foi assustadora. Um silêncio repentino no meio da agitação da corrida. Corredores ao redor perceberam imediatamente que algo estava terrivelmente errado. Gritos por socorro ecoaram pelo percurso.
O que aconteceu nos minutos seguintes foi uma corrida contra o tempo — uma corrida muito diferente daquela que todos tinham planejado. Enquanto alguns participantes tentavam reanimar o colega caído, outros corriam em busca de ajuda profissional.
A resposta emergencial
O Samu chegou rápido, devo admitir. Os paramédicos trabalharam com uma intensidade que dava medo de ver. Massagem cardíaca, desfibrilador, aquele ritual frenético que a gente só vê em filmes — mas desta vez era real, muito real.
Eles tentaram de tudo, sabe? Realmente tentaram. Mas às vezes a vida é mais forte que qualquer procedimento médico. Após cerca de 40 minutos de esforços contínuos — parece uma eternidade numa situação dessas —, os médicos tiveram que declarar o óbito.
Parada cardiorrespiratória. Três palavras que resumem uma tragédia.
O que fica depois da tragédia
Agora vem a parte que dói: a polícia foi acionada, o corpo encaminhado para o IML, e a família notificada. Imagino o susto dos parentes ao receberem aquela ligação num domingo de manhã. Uma notícia que vira o mundo de cabeça para baixo.
O evento esportivo, que começara com tanta energia e animação, transformou-se num velório a céu aberto. O clima pesado tomou conta de todos. Corredores que vieram buscar endorfinas encontraram luto.
E a pergunta que não quer calar: como algo assim pode acontecer com um atleta, alguém que supostamente cuida da saúde?
Um alerta para todos nós
Essa tragédia me fez pensar — será que a gente não subestima os riscos do esporte? A gente foca na superação, no desafio, mas esquece que nosso corpo tem limites que precisam ser respeitados.
- Check-up médico regular não é frescura
- Conhecer seus limites pode salvar sua vida
- O corpo dá sinais — precisamos aprender a ouvi-los
O caso segue sob investigação, mas uma coisa é certa: a comunidade esportiva de Goiânia perdeu um dos seus. E uma família perdeu muito mais que isso.
Às vezes, a linha de chegada fica mais distante do que imaginamos.