
Parece que o Rio Negro finalmente decidiu dar uma trégua para Manaus, mas calma lá - a coisa não é tão simples quanto parece. A descida acelerou de verdade nas últimas horas, porém, quando você olha os números, ainda é de assustar qualquer um.
Na manhã desta sexta-feira, o porto da cidade marcava 24,77 metros. Parece muito? Pois é, e é mesmo. Apesar da queda, estamos falando de quase dez metros - repito, DEZ METROS - acima do que se via no mesmo período do ano passado. É como comparar um prédio de oito andares com uma casa térrea, pra dar uma ideia.
Os Números Que Não Mentem
O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgou dados que mostram uma queda de 17 centímetros em apenas 24 horas. Pode parecer pouco, mas na verdade é um sinal importante. Só que cá entre nós, ainda estamos muito longe do normal.
- Nível atual: 24,77 metros
- Queda nas últimas 24h: 17 centímetros
- Diferença para 2024: quase 10 metros
- Previsão: deve chegar aos 24,60 metros neste sábado
O que mais impressiona, pra ser sincero, é que mesmo com toda essa descida, o rio ainda está 3,67 metros acima da cota de inundação. Traduzindo: muita gente continua com água pelos joelhos - ou pior.
E Agora, O Que Esperar?
Os especialistas do CPRM estão otimistas, mas com os pés no chão - ou melhor, na água que ainda sobra. A tendência é que a descida continue, mas ninguém espera um milagre da noite pro dia.
"A situação está melhorando, mas ainda é cedo para cantar vitória", comenta um técnico que preferiu não se identificar. E ele tem razão - afinal, estamos falando do maior rio de água preta do mundo, que teima em seguir suas próprias regras.
Enquanto isso, a vida segue difícil para quem mora nas áreas mais baixas da cidade. As ruas alagadas ainda são realidade, o comércio sofre, e a rotina de muitos manauaras continua completamente virada de cabeça pra baixo.
O que essa aceleração na descida significa na prática? Bem, é como aquela febre que finalmente começa a ceder - o pior pode ter passado, mas você ainda está longe de estar 100%. E no caso do Rio Negro, a recuperação completa ainda vai demandar tempo, paciência e, claro, torcida para que a natureza colabore.