Quebradeiras de Coco Maranhenses Lideram Diálogo na Pré-COP30 com Propostas para Amazônia
Quebradeiras de Coco na Pré-COP30 no Maranhão

O Maranhão se tornou palco de um encontro histórico nesta quinta-feira (17), onde quebradeiras de coco babaçu assumiram o protagonismo nas discussões sobre o futuro da Amazônia. O evento regional preparatório para a COP30 reuniu essas guardiãs da floresta, que levaram suas experiências e demandas para o centro do debate climático global.

Vozes da Floresta em Ação

Mais do que um simples encontro, a reunião representou um marco na inclusão de comunidades tradicionais nas políticas ambientais. As quebradeiras, conhecidas por seu trabalho sustentável de extração do coco babaçu, compartilharam saberes ancestrais que harmonizam conservação e geração de renda.

Propostas Concretas para a COP30

Durante o encontro, foram elaboradas propostas fundamentais que serão levadas à conferência internacional:

  • Reconhecimento formal do papel das comunidades extrativistas na preservação ambiental
  • Políticas de financiamento para atividades econômicas sustentáveis na floresta
  • Proteção dos direitos territoriais das populações tradicionais
  • Valorização dos saberes ancestrais como ferramenta de conservação

Economia Verde na Prática

As quebradeiras de coco demonstraram como desenvolvem uma economia circular genuinamente brasileira. Do coco babaçu, nada se perde: a amêndoa vira óleo e cosméticos, a casca vira carvão ecológico e a palha vira artesanato.

"Somos nós que mantemos a floresta em pé enquanto geramos renda para nossas famílias. Precisamos que o mundo nos ouça", destacou uma das lideranças presentes ao evento.

Caminho para Belém

Este encontro no Maranhão é parte de uma série de reuniões preparatórias que antecedem a COP30, marcada para 2025 em Belém. As contribuições das quebradeiras maranhenses se somarão a outras vozes da Amazônia Legal para construir uma posição brasileira fortalecida na conferência do clima.

O evento reforça o compromisso do Brasil com a sustentabilidade e o reconhecimento de que as soluções para as mudanças climáticas também vêm do conhecimento tradicional das populações que habitam a floresta há gerações.