O Ministério Público da Bahia (MP-BA) está investigando a demolição de um terreiro de Candomblé localizado em Salvador. O caso ganhou repercussão após o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) afirmar que a construção estava em uma área de proteção ambiental.
Segundo relatos, o terreiro, que era um espaço sagrado para a comunidade religiosa, foi demolido sem aviso prévio, causando indignação entre os frequentadores e líderes religiosos. O MP-BA já iniciou um inquérito para apurar possíveis irregularidades no processo.
O Inema, por sua vez, defendeu a ação alegando que a construção estava em desacordo com a legislação ambiental. "A área em questão é protegida por lei, e qualquer intervenção precisa ser previamente autorizada", afirmou um representante do órgão.
Líderes de Candomblé e ativistas de direitos humanos criticaram a demolição, destacando a importância cultural e religiosa dos terreiros. "Esses espaços são fundamentais para a preservação da nossa identidade e tradição", disse uma representante da comunidade.
O caso reacendeu o debate sobre a preservação de terreiros e a relação entre o poder público e as religiões de matriz africana. Enquanto isso, o MP-BA prometeu agir com rigor para esclarecer os fatos e garantir que os direitos da comunidade sejam respeitados.
