Um fenômeno silencioso e persistente tem desafiado as autoridades de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Há aproximadamente cinco meses, um incêndio subterrâneo queima nas profundezas do aterro sanitário municipal, criando uma situação complexa e de difícil solução.
O que é um incêndio subterrâneo?
Diferente dos incêndios convencionais que vemos na superfície, as chamas subterrâneas se alojam em camadas profundas de materiais orgânicos em decomposição. No caso do aterro de Presidente Prudente, o fogo se instalou em uma camada de aproximadamente 15 metros de profundidade, alimentado pela combustão de resíduos orgânicos.
Combate complexo e desafiador
O Corpo de Bombeiros local enfrenta dificuldades significativas no combate às chamas. "É um trabalho muito complexo", explica o tenente Felipe Nunes. "Temos que perfurar o solo para alcançar o foco do incêndio e injetar água pressurizada, mas o terreno instável e a profundidade tornam a operação perigosa e demorada."
Riscos ambientais e para a saúde
O incêndio prolongado representa sérias preocupações:
- Emissão de gases tóxicos na atmosfera
- Risco de contaminação do solo e lençóis freáticos
- Possibilidade de afundamentos repentinos no terreno
- Comprometimento da qualidade do ar na região
Operação em andamento
Atualmente, os bombeiros realizam operações diárias de monitoramento e combate. A estratégia inclui:
- Perfuração sistemática do solo para identificar focos de calor
- Injeção de água em alta pressão nas áreas afetadas
- Monitoramento contínuo da temperatura em diferentes pontos
- Avaliação constante dos riscos estruturais
A situação em Presidente Prudente serve como alerta para a importância do manejo adequado de resíduos e dos desafios que os fenômenos ambientais incomuns podem representar para as comunidades.