
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Mauro Pires, fez um esclarecimento importante sobre a operação em curso na Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, no Acre. Em entrevista, ele destacou que o foco das ações não são os pequenos produtores, mas sim irregularidades ambientais de maior impacto.
Operação busca equilíbrio entre preservação e produção
Segundo Pires, a fiscalização tem como objetivo coibir atividades como desmatamento ilegal e grilagem de terras dentro da unidade de conservação. "Nosso papel é garantir que a reserva cumpra sua função social e ambiental", afirmou.
Dados sobre a Resex Chico Mendes
- Criada em 1990 em homenagem ao líder seringueiro
- Possui cerca de 970 mil hectares
- Abriga mais de 2.000 famílias extrativistas
- É uma das principais reservas da Amazônia
O presidente do ICMBio ressaltou que o órgão mantém diálogo constante com as comunidades locais e que as ações visam proteger justamente o modo de vida tradicional dos extrativistas. "Queremos garantir que os verdadeiros herdeiros de Chico Mendes possam continuar seu trabalho sustentável", completou.
Pequenos produtores não são alvo
Pires foi enfático ao afirmar que pequenas irregularidades cometidas por moradores tradicionais não são o foco da operação. "Estamos falando de grandes infrações, não de questões pontuais de famílias que vivem na reserva há décadas", explicou.
O ICMBio informou que continuará com ações de fiscalização na região, mas sempre em parceria com as comunidades locais, buscando conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento sustentável.