Três décadas separam dois momentos cruciais na história ambiental do planeta: a Eco-92, que colocou o Rio de Janeiro no centro das discussões globais, e a COP30, que promete transformar Belém na capital mundial do clima em 2025. Uma jornada repleta de avanços, desafios e esperanças.
O Marco Histórico: Eco-92
Em 1992, o Rio de Janeiro sediou a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, conhecida como Eco-92. O evento reuniu líderes mundiais e estabeleceu bases importantes como:
- A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima
- A Convenção sobre Diversidade Biológica
- A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
O Caminho até a COP30
De 1992 até os dias atuais, o Brasil percorreu um caminho sinuoso nas discussões climáticas. Destaques importantes incluem:
- Protocolo de Kyoto (1997): Primeiro acordo internacional com metas obrigatórias
- Acordo de Paris (2015): Marco histórico com compromissos globais
- COP30 em Belém (2025): O retorno do Brasil ao centro do debate climático
Desafios e Oportunidades
A trajetória brasileira não foi linear. Períodos de liderança ambiental alternaram com momentos de retrocesso. A COP30 representa uma chance única para o país reassumir seu papel de protagonista nas discussões climáticas globais, especialmente considerando:
- A importância da Amazônia no equilíbrio climático mundial
- O potencial do Brasil em energias renováveis
- As tecnologias sustentáveis desenvolvidas nacionalmente
O Que Esperar da COP30?
A conferência em Belém chega em um momento crítico. Os especialistas apontam que esta pode ser uma das COP mais importantes desde Paris, com expectativas focadas em:
Metas mais ambiciosas: Os países precisarão apresentar compromissos mais robustos para conter o aquecimento global.
Financiamento climático: Discussões sobre como nations desenvolvidas apoiarão países em desenvolvimento.
Proteção florestal: Medidas concretas para combater o desmatamento, especialmente na Amazônia.
O Legado que Fica
Mais do que um evento isolado, a trajetória das conferências climáticas mostra a evolução da conscientização global sobre as mudanças climáticas. Do ceticismo inicial ao reconhecimento universal da emergência climática, o caminho percorrido revela tanto progressos quanto a urgência de ações mais decisivas.
À medida que Belém se prepara para receber o mundo em 2025, o Brasil tem a oportunidade de escrever um novo capítulo nesta história - um capítulo que pode definir o futuro não apenas do país, mas do planeta.