Amazônia em Movimento: Caminhada Ecológica Une Santarém em Defesa da Floresta
Caminhada Ecológica une Santarém em defesa da Amazônia

Quem mora em Santarém sabe: tem certas tradições que marcam o calendário da cidade. E a Caminhada Ecológica é uma delas — uma daquelas coisas que você vê pais levando filhos, que vira quase um ritual de passagem para quem se importa com o pedaço de chão onde vive.

Pois é, estamos na 26ª edição. Vinte e seis anos! Quase três décadas de gente calçando tênis, pegando a faixa e saindo pelas ruas num protesto que é, ao mesmo tempo, celebração. Celebração daquilo que temos de mais precioso: a Amazônia.

Preparação que vem de berço

O Grupo de Defesa da Amazônia — aquela turma que não cansa de bater na mesma tecla, e ainda bem — tá botando pilha. Eles realizaram, no último sábado, uma ação de sensibilização na orla da cidade. Não foi só discurso, não. Teve mutirão de limpeza, distribuição de mudas — coisa prática, que mexe com as pessoas.

"A gente precisa criar essa consciência desde cedo", me disse uma das voluntárias, as mãos ainda sujas de terra de tanto plantar mudinha. E ela tem razão, né? É na base que se constrói o futuro.

O que esperar do grande dia

A caminhada rola neste domingo, 29 de setembro, começando às 16h — horário estratégico, pra fugir do sol mais quente. O ponto de encontro? A frente da Catedral Nossa Senhora da Conceição, aquele cartão postal que todo santareno conhece.

O percurso segue pela Avenida Tapajós, beirando o rio que dá nome à cidade, e termina no Espaço Ação da Cidadania. Uma caminhada de aproximadamente 2km — nada que assuste, mas suficiente pra fazer a mensagem ecoar.

E olha só que interessante: o tema deste ano é "Amazônia: Nossa Casa Comum". Soa familiar, não? É uma chamada pra lembrar que essa floresta não é só um bioma distante — é o quintal da gente, é o ar que respiramos, é a identidade de um povo.

Mais que um evento, um movimento

O que me impressiona, ano após ano, é como essa caminhada virou algo orgânico. Não é mais só um evento no calendário — é um termômetro do quanto as pessoas ainda se importam. E pelo visto, se importam bastante.

Teve gente que participou da primeira edição e hoje traz os netos. Teve adolescente que nasceu praticamente junto com a caminhada e agora vai por conta própria. Isso me faz pensar — será que estamos, finalmente, entendendo a mensagem?

O coordenador do grupo, em conversa rápida entre uma ação e outra, foi otimista: "A cada ano vemos mais jovens engajados. Isso renova nossas esperanças". E eu, particularmente, acho que ele tem razão.

Restam poucos dias. O convite tá feito. Domingo, às 16h, na frente da catedral. Vai valer cada passo.