
Parece brincadeira, mas não é: em apenas 50 dias, a capital do Amazonas deu um banho de organização em seus igarapés. A Prefeitura de Manaus, através da Semulsp (Secretaria Municipal de Limpeza Urbana), retirou nada menos que 400 toneladas de detritos desses cursos d'água tão característicos da região.
Quem vive por aqui sabe — os igarapés são como as veias da cidade, mas muitos viram depósito de tudo que é tipo de coisa: desde sacolas plásticas até móveis velhos. E olha que a coisa não é de hoje. A operação, que começou no meio do ano, já percorreu mais de 15 localidades, incluindo áreas críticas como o Educandos e o São Raimundo.
O que foi encontrado?
- Eletrodomésticos abandonados (geladeiras, fogões, você name it)
- Pneus — muitos pneus — que viram criadouro de mosquitos
- Até partes de carros, sério mesmo
"É um trabalho de formiguinha, mas alguém tem que fazer", comentou um dos garis, enquanto retirava mais um sofá — sim, um sofá — de um igarapé no Jorge Teixeira. A equipe usa desde máquinas pesadas até a boa e velha força braçal, dependendo do acesso ao local.
E agora, o que muda?
Além do óbvio — igarapés mais limpos —, a prefeitura estima que essa ação reduziu em cerca de 30% os alagamentos nas áreas atendidas. Sem contar a diminuição de doenças transmitidas por água parada. Mas cá entre nós: o maior desafio é fazer com que a população pare de tratar esses espaços como lixeira a céu aberto.
Enquanto isso, as equipes seguem na batalha diária. Afinal, como diz o ditado: "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura". Ou no caso, até que a cidade fique limpa.