Operação desmantela esquema ilegal de ouro e pedras preciosas em terra indígena de Mato Grosso
PF desmonta garimpo ilegal em terra indígena de MT

Era madrugada quando dezenas de agentes da Polícia Federal cruzaram as estradas poeirentas do noroeste mato-grossense. O alvo? Um esquema que mistura ganância, destruição ambiental e violação de direitos — o garimpo ilegal em terras indígenas, com direito a venda clandestina de ouro e pedras preciosas.

Não foi uma operação qualquer. Batizada de "Pirilampo" (sim, o nome é uma ironia sobre o brilho do ouro roubado), a ação mirou um dos maiores focos de alertas de mineração ilegal do país. Segundo fontes próximas ao caso, os investigados usavam até maquinário pesado — aqueles que deixam cicatrizes irreparáveis na terra sagrada dos povos originários.

O que a PF encontrou

Entre documentos adulterados e conversas vazadas, os agentes coletaram provas de que:

  • Ouro extraído ilegalmente era "lavado" através de empresas de fachada
  • Líderes do esquema agiam como verdadeiros "coronéis do garimpo" na região
  • Pedras preciosas seguiam para o mercado internacional por rotas obscuras

E tem mais: um dos investigados é apontado como "o cara" quando o assunto é burlar sistemas de monitoramento ambiental. Ele aparecia em primeiro lugar nos rankings de alertas de garimpo clandestino — um triste recorde nacional.

Impactos que vão além do crime

Enquanto isso, nas aldeias próximas, os indígenas contam histórias que dão nó na garganta:

"O rio que era nosso mercado está agora amarelo de mercúrio. As crianças não podem mais nadar" — relato anônimo de liderança local.

Os danos? Incalculáveis. Além da destruição ambiental (que já era esperada), há relatos de aumento de violência, prostituição e alcoolismo nas comunidades vizinhas aos garimpos. Um verdadeiro pacote de maldades que acompanha o brilho enganoso do ouro ilegal.

Agora, a grande pergunta que fica: será que dessa vez a justiça vai conseguir cortar o mal pela raiz? Ou vamos ver mais um daqueles casos que esfriam na gaveta? Só o tempo — e a pressão da sociedade — dirão.