MPF Investiga Refinaria de Manguinhos: Licença Ambiental Renovada Sob Suspeita de Risco à Saúde
MPF investiga Refinaria de Manguinhos por risco à saúde

O Ministério Público Federal resolveu meter o bedelho num caso que tá dando o que falar no Rio. A Refinaria de Manguinhos, aquela que todo mundo conhece como Refit, teve sua licença ambiental renovada — mas tem um detalhe aí que não cheira bem, literalmente.

Pois é, a coisa tá feia. O MPF abriu uma investigação pra descobrir como diabos essa renovação foi aprovada mesmo com fortes indícios de que a refinaria representa um perigo pra saúde de quem mora por perto. E olha que não é pouco tempo não — estamos falando de uma operação que já dura mais de setenta anos!

O que tá rolando exatamente?

Agora em outubro de 2025, o procurador da República Rodrigo de Castro Telles resolveu puxar o fio dessa meada. Ele quer saber, e com razão, como o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) concedeu essa licença sem se preocupar direito com os impactos na saúde pública.

Os moradores da região — coitados — vivem reclamando de problemas respiratórios e ambientais há tempos. Não é de hoje que a galera sofre com a poluição que vem daquela bandeira. E pior: parece que ninguém tá nem aí pra isso.

Os documentos que não fecham

O que mais espanta nessa história toda é que os próprios documentos da refinaria apresentam informações contraditórias. Num lugar fala uma coisa, noutro fala outra — parece aquela brincadeira de telefone sem fio, só que com coisa séria.

O MPF tá de olho em dois pontos principais:

  • A falta de um estudo decente sobre os riscos reais pra saúde da população
  • As inconsistências nos relatórios técnicos apresentados pela empresa

E tem mais: será que o Inea seguiu todos os trâmites legais direito? Porque renovar licença de operação não é como renovar a CNH não — tem que ter critério, principalmente quando a saúde pública tá em jogo.

E os moradores, o que dizem?

Quem mora nas redondezas já cansou de reclamar. É tosse que não passa, é problema respiratório que aparece do nada, é aquela sensação de que o ar tá pesado. Alguns até brincam que já se acostumaram, mas brincadeira tem limite.

"A gente vive com medo", contou um morador que preferiu não se identificar. "É como se estivéssemos numa panela de pressão que pode explodir a qualquer momento."

E não é pra menos — uma refinaria não é exatamente o melhor vizinho que alguém pode ter, ainda mais quando opera há tanto tempo sem os devidos cuidados.

O que pode acontecer agora?

O MPF deu um prazo de dez dias — que já tá correndo, diga-se de passagem — para que o Inea apresente toda a documentação do processo de renovação. E não adianta enrolar: tem que ser tudo, mas tudo mesmo.

Se o instituto não responder direito ou se as respostas não convencerem, a coisa pode ficar feia. O Ministério Público tem poder pra, se for o caso, suspender a licença até que tudo seja esclarecido.

Enquanto isso, a população fica naquele limbo — entre o medo de respirar fundo e a esperança de que, finalmente, alguém vai fazer alguma coisa.

O que me pergunto é: até quando vamos aceitar que questões ambientais e de saúde pública sejam tratadas com tanto descaso? Parece que só quando a água bate na bunda é que alguém se mexe. E no caso do Rio, com essa refinaria, a água já tá no pescoço faz tempo.