
Uma onda de visitantes inusitados tem surpreendido moradores do interior paulista. Nos últimos meses, o aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas de cidades como Bauru e Marília registrou um aumento significativo, transformando ruas, quintais e até piscinas em cenários de encontros surpreendentes com a fauna nativa.
Quem são os visitantes inesperados?
As câmeras de segurança e celulares dos moradores têm captado imagens impressionantes: capivaras passeando tranquilamente por ruas residenciais, tamanduás-bandeira explorando áreas verdes urbanas e, em casos mais raros, até onças-pardas sendo avistadas nas proximidades das cidades. O fenmeno não se limita apenas aos mamíferos - diversas espécies de aves e répteis também têm sido registradas com maior frequência.
Por que isso está acontecendo?
Especialistas apontam três fatores principais para este aumento:
- Expansão urbana: O crescimento das cidades sobre áreas naturais reduz o habitat destes animais
- Busca por recursos: Períodos de seca ou escassez de alimentos nas matas levam os animais a procurar comida e água nas cidades
- Preservação ambiental: Programas de conservação têm surtido efeito, aumentando as populações de algumas espécies
O que fazer ao encontrar um animal silvestre?
A Polícia Ambiental e órgãos de proteção animal orientam:
- Mantenha distância - Não tente se aproximar ou tocar no animal
- Evite aglomerações - Não forme grupos para observar o animal
- Proteja animais domésticos - Mantenha cães e gatos longe do animal silvestre
- Não alimente - Oferecer comida pode criar dependência e agressividade
- Acione as autoridades - Entre em contato com a Polícia Ambiental (190) ou corpo de bombeiros (193)
Perigos e precauções
Embora a maioria dos encontros seja pacífica, especialistas alertam para riscos como acidentes de trânsito, transmissão de doenças e possíveis ataques quando os animais se sentem ameaçados. A orientação é clara: admire à distância e deixe que profissionais habilitados manuseiem a situação.
O aumento destes registros serve como um lembrete da rica biodiversidade que ainda resiste no interior paulista e da importância da convivência harmoniosa entre o desenvolvimento urbano e a preservação ambiental.