Especialistas Alertam: Incentivos à Energia Solar Podem Virar Nova Forma de Colonialismo no Setor Elétrico
Energia solar: subsídios viram colonialismo?

O que parecia ser a solução perfeita para a conta de luz dos brasileiros está virando um pesadelo para especialistas do setor elétrico. A geração distribuída de energia — aquela famosa história de colocar painéis solares no telhado e economizar — está criando uma distorção que beira o absurdo.

E olha que não é exagero. A gente tá falando de subsídios que podem chegar a impressionantes R$ 170 bilhões até 2030. Quem paga essa conta? Você, eu, todo mundo que não tem condições de investir nessa tecnologia.

O Jogo dos Grandes Players

Parece bonitinho pensar no vizinho com seus painéis solares, mas a realidade é bem diferente. As grandes corporações — sim, aquelas que já faturam bilhões — estão engolindo a maior parte desses incentivos. É como dar desconto de IPVA para quem tem Ferrari.

"Estamos sendo colonizados por essa política", dispara um especialista, sem papas na língua. E faz sentido, quando você para pra pensar. Quem tem grana investe e paga menos, quem não tem se ferra e paga mais. Soa familiar?

Quem Segura a Ponta?

Aí vem a conta que não fecha: alguém precisa bancar a infraestrutura elétrica do país. Postes, fios, subestações — tudo isso custa dinheiro. E adivinha só? Quem usa energia solar paga menos pela rede, mas continua usando ela quando o sol não aparece.

É tipo dividir pizza com amigos: um come quatro pedaços, mas só paga dois. No final, quem saiu no prejuízo? Exatamente.

O Que Diz a ANEEL

A agência reguladora já percebeu o problema, claro. Mas mexer nesse vespeiro não é fácil. A última tentativa de revisão das regras, em 2022, foi engolida pelo Congresso. Política e energia, uma combinação explosiva.

Enquanto isso, a conta só aumenta. E o pior: os benefícios estão indo parar justamente nas mãos de quem menos precisa. Ironia? Talvez. Injustiça? Com certeza.

E o Futuro?

Os números assustam. Até 2030, podemos ter 25 gigawatts de energia solar distribuída — quase duas vezes a potência de Itaipu. Parece maravilhoso, até você lembrar que alguém vai ter que pagar por essa festa.

E não são só os consumidores residenciais que se preocupam. As próprias distribuidoras de energia estão de cabelo em pé. Como manter a rede funcionando se todo mundo paga menos pelo seu uso?

No final das contas, a transição energética é necessária, urgente até. Mas será que estamos fazendo do jeito certo? Ou estamos criando um problema maior do que a solução que prometemos?

Uma coisa é certa: quando o assunto é energia, nem tudo que brilha é ouro — ou sol.